Na astronomia, muitas vezes temos nomes que aparentemente querem dizer uma coisa, mas que na verdade dizem outra totalmente diferente. O exemplo mais clássico, talvez seja da nebulosa planetária, que não está de forma alguma relacionada com planetas. Outro objeto que sofre desse problema é conhecido como glóbulo planetário, que não tem nenhuma relação com os cometas. Na verdade os glóbulos cometários são nuvens de gás e poeira, relativamente pequenas e isoladas na Via Láctea, que brilham com pouca intensidade, a partir da luz emitida por estrelas próximas, e que formam estruturas interessantes que se espalham por anos-luz de distância. Um desses glóbulos cometários é conhecido como CG4.
No ano de 2015, o VLT do ESO no Chile regsitrou o CG4, e a imagem está apresentada nesse post para vocês. A imagem do VLT é um zoom no objeto, ou melhor dizendo na parte do objeto conhecida como cabeça. Na verdade, o CG4 parece muito um monstro que está com uma boca aberta, pronto para devorar qualquer coisa na sua frente.
Mas se o objeto recebe a classificação de um glóbulo cometário, cadê a parte dele que se parece com um cometa? Para isso vamos olhar outra imagem do CG4, dessa vez feita pelo telescópio Blanco, que mostra um zoom-out no CG4. E essa imagem feita pelo telescópio Blanco é tão interessante que parece que o CG4 está indo na direção de uma galáxia que aparece na parte esquerda imagem, mas essa galáxias está localizada a centenas de milhões de anos-luz de distância e está livre da boca nervosa do CG4.
Nessa imagem é possível ver a cauda do objeto que se espalha por cerca de 8 anos-luz. O CG4 está localizado a aproximadamente 1300 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Puppis.
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