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Usando A Lente Gravitacional Para Dar Um Zoom No Universo Primordial Com o Hubble

Essa bela imagem é um verdadeiro tesouro cósmico. Estrelas brilhantes da Via Láctea brilham intensamente em primeiro plano, os redemoinhos de algumas galáxias espirais são visíveis através da imagem, e um conjunto de objetos no centro da imagem que fazem parte de um massivo aglomerado de galáxias também se destaca na bela composição. Esses aglomerados são os maiores objetos do universo que são unidos pela gravidade e podem conter milhares de galáxias de todas as formas e tamanhos. Tipicamente eles possuem uma massa de um milhão de bilhão de vezes a massa do Sol, algo realmente grande.

A incrível massa desses aglomerados faz com que eles sejam ferramentas naturais bem úteis para testar teorias na astronomia, como a Teoria Geral da Relatividade de Albert Eintein. Essa teoria nos diz que objetos com massa podem distorcer a fábrica do espaço-tempo ao seu redor, e quanto mais massivo o objeto maior será essa distorção. Um enorme aglomerado de galáxias como esse tem uma grande influência no espaço-tempo ao seu redor, distorcendo a luz das galáxias mais distantes, mudando a forma aparente dessas galáxias, criando múltiplas imagens e amplificando a luz das galáxias, um fenômeno conhecido como lente gravitacional.

Essa imagem foi feita pela Advanced Camera for Surveys e pela Wide-Field Camera 3 do Hubble, como parte do programa de observação RELICS (Reionization Lensing Cluster Survey). O programa RELICS fez imagens de 41 aglomerados de galáxias massivos com o objetivo de encontrar as galáxias mais brilhantes, mais distantes para futuramente serem estudadas pelo James Webb.

Crédito:

ESA/Hubble & NASA, RELICS

Fonte:

http://spacetelescope.org/images/potw1827a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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