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14 de novembro de 2024

uma Visão de Raios-X do Campo Cósmico

An_X-ray_view_of_the_COSMOS_field

observatory_1501052Quando nós observamos o céu noturno, nós somente observamos parte da história. Infelizmente, alguns dos mais poderosos e energéticos eventos no universo são invisíveis aos nossos olhos – e invisíveis até para os melhores telescópios ópticos.
Com sorte, esses eventos não são perdidos, eles parecem brilhantes no céu de alta energia, fazendo-os visíveis para telescópios espaciais como XMM-Newton, que observa o universo na parte raios-X do espectro.

Essa imagem mostra uma parte do céu da pesquisa COSMOS, como visto pelo XMM-Newton. O COSMOS é um projeto que estuda como as galáxias se formam e se desenvolvem, agrupando observações usando uma variedade de telescópios espaciais e de solo. Essa imagem sozinha, apresenta cerca de dois mil buracos nevros supermassivos, e mais de uma centena de aglomerados de galáxias.

Pequenas fontes pontuais através do frame mostram buracos nefros supermassivos que estão furiosamente devorando a matéria ao seu redor. Todas as galáxias massivas abrigam um buraco negro em seu núcleo, mas nem todos estão crescendo ativamente dragando matéria ao redor e lançando radiação de alta energia e poderosos jatos no processo. Como eles são muito energéticos, uma das melhores maneiras de caçar esses corpos extremos é usando telescópios de raios-X.

As bolhas maiores nessa imagem, principalmente as em amarelo e em vermelho, revelam outra classe de monstros cósmicos: os aglomerados de galáxias. Contendo milhares de galáxias, os aglomerados de galáxias são as maiores estruturas cósmicas a serem unidas pela gravidade. As galáxias dentro desses aglomerados são envelopadas pelo gás quente, que lança um brilho difuso de raios-X que podem ser detectados pelos telescópios como o XMM-Newton.

A imagem acima combina dados coletados pelo instrumento EPIC a bordo do XMM-Newton em energias de 0.5 a 2 keV (em vermelho), de 2 a 4.5 keV (em verde) e de 4.5 a 10 keV (em azul). As observações foram feitas entre 2003 e 2005, e a imagem se espalha por cerca de q.4 graus em cada lado, correspondendo a quase três vezes o diâmetro da Lua.
Essa imagem foi publicada pela primeira vez no artigo “The XMM-Newton Wide-Field Survey in the COSMOS Field. I. Survey Description” de G. Hasinger et al. em 2007.

Fonte:

http://www.esa.int/spaceinimages/Images/2014/04/An_X-ray_view_of_the_COSMOS_field

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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