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10 de novembro de 2024

Uma Bela Coleção de Objetos Direto dos Arquivos do Observatório de Raios-X Chandra

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A NASA e o Chandra lançaram uma coleção de novas imagens obtidas do arquivo do Chandra. Combinando dados de diferentes observações, novas perspectivas de objetos cósmicos podem ser criadas. Com os arquivos como esses do Chandra e de outros grandes observatórios, vistas como essas podem ser criadas e ficarem disponíveis para uma exploração futura.

Os arquivos disponíveis na coleção de 2015 do Observatório de Raios-X Chandra, são:

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W44

Também conhecido como G34.7-0.4, W44 é uma remanescente de supernova em expansão que está interagindo com o material interestelar denso que a circunda. Os raios-X capturados pelo Chandra (azul) mostram que o gás quente preenche a concha da remanescente de supernova à medida que ela se move. Observações em infravermelho feitas pelo Telescópio Espacial Spitzer revelam a concha da remanescente de supernova (verde) bem como a nuvem molecular (vermelho) onde a remanescente de supernova está se movendo e as estrelas no campo de visão.

Hubble revisits an old friend

SN 1987A

Observada pela primeira vez em 1987, essa supernova, chamada de SN 1987A, foi a supernova mais brilhante e mais próxima da Terra no último século. Na explosão da supernova, uma estrela massiva esgota todo o seu combustível e então colapsa sobre seu núcleo, ejetando para o espaço suas camadas externas. Combinando os dados de raios-X do Chandra (azul), com dados óptico obtidos pelo Telescópio Espacial Hubble (laranja e vermelho), os astrônomos podem observar a evolução da concha em expansão de gás quente gerada pela explosão e observar como uma onda de choque aquece o gás que uma vez esteve circundando a estrela moribunda. As duas estrelas brilhantes perto da SN 1987A não estão associadas com a supernova.

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Kes 79

Como a SN 1987A, esse objeto, conhecido como Kesteven 79, é a parte remanescente de uma explosão de supernova, mas uma que aconteceu a milhares de anos atrás. Quando estrelas massivas esgotam seu combustível, seus núcleos entram em colapso, gerando uma onda de choque que ejeta as camadas externas da estrela para o espaço. Uma concha de expansão de detritos e o núcleo denso e central sobrevivente são aquecidos a milhões de graus e emitem assim raios-X. Nessa imagem da Kesteven 79, os raios-X detectados pelo Chandra (vermelho, verde e azul) foram combinados com os dados ópticos obtidos com o Digitized Sky Survey do campo de visão que revela as estrelas (aparecendo em branco).

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MS 0735.6+7421

O aglomerado de galáxias MS 0735.6+7421 é o lar de uma das mais poderosas erupções já observadas. Os raios-X detectados pelo Chandra (azul) mostram o gás quente que compreende boa parte da massa desse enorme objeto. Dentro dos dados obtidos pelo Chandra, pode-se observar buracos ou cavidades. Essas cavidades foram criadas pela explosão de um buraco negro supermassivo no centro do aglomerado, que ejetou enormes jatos detectados em ondas de rádio (rosa) pelo Very Large Array. Esses dados foram combinados com os dados ópticos do Hubble das galáxias no aglomerado e das estrelas no campo de visão (laranja).

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3C295

A vasta nuvem de gás de 50 milhões de graus que permeia o aglomerado de galáxias 3C295 só pode ser vista com um telescópio de raio-X como o Chandra. Essa imagem composta mostra o gás superaquecido, detectado pelo Chandra (rosa), que tem uma massa equivalente a massa de mil galáxias. Os dados ópticos do Hubble (amarelo) revelam algumas galáxias individuais no aglomerado. Aglomerados de galáxias como o 3C295 também contêm uma grande quantidade de matéria escura, que mantêm o gás quente e as galáxias unidos. A massa total da matéria escura é normalmente cinco vezes maior que a massa do gás e das galáxias combinados.

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A Nebulosa do Violão

O pulsar B2224+65 está se movendo através do espaço muito rapidamente. Devido a essa alta velocidade, o pulsar está criando uma onda de choque. Essa estrutura é conhecida como Nebulosa do Violão, e a semelhança com o instrumento musical pode ser vista nos dados ópticos (azul) da imagem composta feita pelo Hubble e pelo Observatório do Palomar. Os raios-X obtidos pelo Chandra (rosa) revelam um longo jato que é coincidente com a localização do pulsar na ponta do braço do violão, mas não está alinhado com a direção do movimento. Os astrônomos continuarão estudando esse sistema para determinar a natureza desse jato de raios-X.

O Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, no Alabama, gerencia o programa Chandra para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. O Smithsonian Astrophysical Observatory, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações de voo e de ciência do Chandra.

Fonte:

http://chandra.harvard.edu/photo/2015/archives/

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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