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Sondas Espaciais Registram Ejeção de Massa Coronal Que Segue Rumo a Terra

No dia 21 de Novembro de 2012, às 14:24, hora de Brasília, o Sol expeliu diretamente para a Terra uma ejeção de massa coronal, ou CME. Modelos de pesquisa experimental da NASA, baseados em observações feitas com o Solar Terrestrial Relations Observatory (STEREO) e com a missão das agências NASA/ESA Solar and Heliospheric Observatory, mostram que a CME de 21 de Novembro de 2012, deixou o Sol a uma velocidade de 500 milhas por hora, o que é considerada uma velocidade baixa para as CMEs.

Não podendo confundir com uma flare solar, uma CME é um fenômeno solar que pode enviar partículas do Sol ao espaço e que podem chegar na Terra entre um e três dias depois. Quando são direcionadas para a Terra, as CMEs podem causar fenômenos do clima espacial chamados de tempestades geomagnéticas, que ocorrem quando as CMEs se conectam com sucesso com o envelope externo magnético da Terra, a magnetosfera, por um período de tempo relativamente extenso. No passado, CMEs dessa velocidade normalmente não causavam tempestades geomagnéticas substanciais. Elas têm causado auroras perto dos polos mas pouco provavelmente devem causar problemas nos sistemas elétricos na Terra ou interferir com os sistemas de comunicações baseados em satélite ou GPS.

O Space Weather Prediction Center da agência NOAA, é a fonte oficial do governo americano para as previsões que envolvem o chamado clima espacial. De acordo com o site do SWPC: Os pesquisadores do SWPC esperam tempestades geomagnéticas G1 (menores) e G2 (moderadas) começando na metade do dia 23 de Novembro de 2012. A Ejeção de Massa Coronal (CME) estava associada com uma flare solar da região 1618 que teve seu pico em nível R1 (menor) no dia 21 de Novembro de 2012às 13:30, hora de Brasília. A região 1618 continua a crescer e tem potencial para produzir mais atividade nos dias seguintes.

Fonte:

http://www.nasa.gov/mission_pages/sunearth/news/News112212-cme.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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