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Sonda MESSENGER Registra Gelo Enterrado na Cratera Berlioz em Mercúrio


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observatory_150105A Cratera Berlioz, em contraste com a Kandinsky ou Prokofiev, localizadas em latitudes mais altas, é muito quente mesmo com seu assoalho na sombra permanente para ter gelo de água na superfície. Contudo, as temperaturas logo abaixo da superfície são suficientemente frias para que o gelo de água seja estável. A imagem aqui fornece uma visão na cratera que suspeita-se abriga gelo de água soterrado.

A imagem superior mostra uma visão da Cratera Berlioz, com a região que abriga o material brilhante de radar (amarelo) e com as regiões em sombra permanente (vermelho) identificadas. A imagem intermediária foi adquirida  poucos horas depois da imagem superior, usando uma exposição mais longa do filtro de banda larga da câmera WAC, e estirada para revelar os detalhes dentro da cratera sombreada. Uma região mais escura distinta é vista no assoalho da cratera, que corresponde bem com o material brilhante de radar e com as regiões sombreadas (imagem inferior). O material mais escuro de baixa refletância é postulado como sendo composto de material congelado, rico em matéria orgânica e volátil que se forma através de um processo de deposição.

Essa imagem foi adquirida como parte da campanha de imageamento do instrumento MDIS dentro de regiões que estão em sombra permanente em cratera polares que abrigam gelo. Imageando essas regiões com o filtro limpo de banda larga da câmera WAC, que tem uma largura de banda de 600 nanômetros e é usada para calibração de imagens das estrelas, tem o potencial para revelar detalhes das superfície escondidas nas sombras que são fracamente iluminadas pela luz do Sol dispersada. Uma grande variedade de tempos de exposição e de condições de visualização são empregados para maximizar a oportunidade para resolver as feições superficiais de áreas que estão permanentemente nas sombras.

Fonte:

http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=1&gallery_id=2&image_id=1485


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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