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Sobrevôos nas Luas de Saturno (Vídeos)

[youtube width=”739″ height=”615″]http://www.youtube.com/watch?v=GHRfbsap_rg[/youtube]

As luas de Saturno nunca estiveram tão em voga como atualmente. E essa exposição exagerada na mídia se deve muito também a uma pessoa, o Dr. Paul Schenk, ele trabalha no Lunar and Planetary Institute mapeando a topografia e a geologia das luas de Saturno e Júpiter, bem como dos corpos congelados do nosso Sistema Solar. Com o seu trabalho ele pode também se divertir (claro que muitos podem pensar que isso não é diversão) e o seu divertimento consiste em criar vídeos de sobrevôos sobre os satélites de Saturno, usando dados da sonda Cassini. Vamos começar com o vídeo acima, esse vídeo é um detalhe 3D da lua Iapetus. Os cientistas não sabem por que existe uma cadeia de montanhas ao longo do equador do satélite, mas em 2007, a Cassini adquiriu uma séria de imagens coloridas ao longo dessa cadeia, e com isso Schenk criou esse sobrevôo que mostra o contraste tanto em cor como em topografia. Existem picos que têm entre 15 e 20 quilômetros acima das crateras ao redor. Essas montanhas estão entre as maiores do Sistema Solar. Pedaços de água puro brilhante podem estar localizadas ao lado desses picos mais negros. Abaixo um dos melhores vídeos montados por Schenk que mostra uma visão 3D da cratera Inktomi muito jovem na lua Reia.

[youtube width=”739″ height=”615″]http://www.youtube.com/watch?v=rMy9Cw8NkA4[/youtube]

Os vídeos de Schenk são baseados nos dados de imagens estereográficas e nas cores obtidas pelo módulo orbital Cassini. “Basicamente os pares de imagens estereográficas ou mosaicos são calibrados e formatados e então por meio de programas de computador é aplicado medindo o deslocamento das feições de onde suas altitudes são calculadas”, disse Schenk, descrevendo como ele cria os vídeos. “Quando as imagens são então combinadas você tem um modelo digital de terreno”. Esses vídeos foram feitos enquanto as imagens iam sendo combinadas. “Para rodar o modelo computacional pode-se levar uma hora ou mais dependendo do tamanho da área contemplada pela imagem”, completa Schenk. “Normalmente eu gasto algumas horas para montar e rodar o processo. O tempo real consumido envolve ainda a calibração e o registro das imagens brutas originais. Isso pode levar dias e até as vezes semanas, para que se possa conseguir a calibração correta para se obter um mapa preciso”. Abaixo outro exemplo impressionante do trabalho desse pesquisador, um sobrevôo sobre Encélado especificamente um detalhe na Damascus Sulcus, uma das fontes conhecidas dos jatos que são expelidos pela lua.

[youtube width=”739″ height=”615″]http://www.youtube.com/watch?v=3pq6SsiQOG0[/youtube]

O pesquisador Schenk recentemente publicou um atlas das luas de Júpiter, “Atlas of the Galilean Satellites”, publicado pela Cambridge University Press. Descrição: Celebrando o aniversário de 400 anos da sua descoberta em Janeiro e o anúncio desta descoberta (Siderus Nuncius) em Março de 1610. Aqui você pode encontrar detalhes sobre esse volume definitivo, uma valiosa referência e fonte de pesquisa para o sistema de Júpiter.

É possível apreciar mais vídeos de Schenk em sua página no youtube ou na sua página pessoal na internet.

Fonte:

http://www.universetoday.com/71552/stunning-flyover-videos-of-saturns-moons/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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