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Serão Os Impactos das Sondas da Missão GRAIL Muito Apagados Para Serem Observados da Terra?

LPOD-Dec16-12

observatory_150105Nessa segunda feira, dia 17 de Dezembro de 2012, às 22:29 UT (20:29, hora de Brasília), as sondas gêmeas da missão GRAIL irão varrer a Lua em uma órbita baixa desde o sul, irão passar um pouco a leste da cratera Philolaus e irão se chocar numa montanha/anel de cratera sem nome, mas que depois disso, muito provavelmente será conhecida, pelo menos informalmente como Monte GRAIL. Numa conferência de imprensa a NASA disse que qualquer flash resultante dos dois impactos que serão separados por aproximadamente 20 segundos, será muito apagado para ser observado da Terra. Será na verdade um belo desafio para os astrônomos tentar ver alguma coisa. Mas qual será o brilho dos flashes? A energia cinética, pode ser calculada como sendo, ½*massa*velocidade ao quadrado e nós sabemos de observações, de modelos e de experimentos, que um meteorito com um tamanho de 10 cm se choca com a Lua e o resultado desse choque é impossível de ser imageado desde a Terra. As partículas do meteorito que causam os flashes são muito mais rápidas, viajam a aproximadamente 72 km/s, enquanto que as sondas da missão GRAIL viajam a 1.7 km/s, mas a massa dos meteoritos também é muito menor, tem aproximadamente 1.5 kg, se comparada com a massa das sondas da missão GRAIL, que vazias pesam 50 kg. Com esses números podemos dizer que cada sonda da missão GRAIL terá somente 2% da energia e então do brilho de um flash causado por um meteorito normal ao se chocar com a Lua. Isso é algo muito apagado. Mas, todo mundo pode tentar fazer uma imagem. Pelo fato da Lua ter somente 4 dias de idade, a região do impacto estará nas sombras, ajudando a ver qualquer flash. Fica aqui então o desafio, se alguém observar e quiser compartilhar com a gente, pode colocar o link para a foto nos comentários ou na nossa página no facebook: www.facebook.com/cienctec.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/December+16%2C+2012

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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