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O Quarteto Fantástico

Longe da civilização, nas profundezas do terreno árido e montanhoso do deserto chileno do Atacama, encontram-se quatro pilares da astronomia moderna: as enormes cúpulas angulares dos Telescópios Principais do Very Large Telescope do ESO.

O brilho laranja difuso do Sol aparecendo no horizonte não rivaliza de modo nenhum o espetáculo de luz que enche o céu. Com centenas de bilhões de estrelas, o enorme arco da Via Láctea estende-se ao longo do céu, mergulhando para tocar no horizonte. O aspecto manchado da nossa casa galáctica se deve a enormes nuvens de poeira interestelar que obscurecem a luz de estrelas mais distantes. Estrelas brilhantes, objetos celestes e outros fenômenos na nossa vizinhança cósmica se encontram “pendurados” qual lanternas no céu chileno, contra o fundo etéreo da luminescência atmosférica vermelha e verde.

Sozinho, cada Telescópio Principal pode fazer observações extraordinárias do Universo a partir do local onde está instalado, o Observatório do Paranal do ESO — no entanto, os quatro telescópios podem também trabalhar em conjunto e observar o cosmos como um quarteto, atuando como um telescópio com um espelho de diâmetro efetivo de 130 metros.

Crédito:

ESO/Y. Beletsky

Fonte:

https://www.eso.org/public/brazil/images/potw2103a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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