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O Não Famoso e Pequeno X Na Lua do VTOL

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observatory_150105Comecemos pelo FAMOSO E GRANDE “X” na Lua:

Todos conhecem o famoso “X” na Lua (também conhecido como o Werner X), que é uma grande e notória espécie de “formação óptica”, que aparece como a letra “X”. O grande “X” se apresenta quando o terminadouro (linha que separa o dia da noite na superfície lunar) está em uma posição específica para que sua ocorrência seja possível. Esse é um bom exemplo de como os fatores de iluminação, sombras e relevo lunar podem se combinar para produzir um interessante padrão ou aparência, que se repete em cada lunação, mas apenas por um curto período de tempo .

A ilusão do “X” é criado pela luz do Sol incidindo por sobre os aros e as bordas das crateras La Caille, Blanchinus e Purbach. O grande “X” é observável apenas por cerca de 4 horas antes da fase quarto-crescente.

Para encontrar o “X”, deve-se procurar ao longo do terminadouro, começando mais ou menos em sua metade, e segui-lo um pouco para o sul.

Se traçássemos um círculo imaginário em torno da imagem do grande “X”, o diâmetro seria de aproximadamente 115 Km.

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Foto: O grande e famoso “X” da Lua, fotografado em 17/04/2013, pelo astrofotógrafo americano Al Paslow, da cidade de Bethel Park, na Pensilvânia.

O “não famoso” e pequeno “X” na Lua do VTOL (Vaz Tolentino Observatório Lunar):

O “X” na Lua do VTOL é uma pequena “formação óptica” que parece com a letra “X”, causada pelo efeito dos impactos de cinco pequenas crateras, que se cruzaram e formaram a referida letra, como se assinalasse o local onde um valioso tesouro está enterrado.

O pequeno “X” encontra-se localizado entre a cratera ALBUFEDA (diâmetro: 62 Km, profundidade: 1,2 Km e famosa pela longa cadeia ou alinhamento de pequenas crateras, com quase 210 Km de comprimento, conhecido como Catena Albufeda) e a pequena cratera Albufeda B (diâmetro: 15 Km, profundidade: 2 Km). As coordenadas selenográficas do pequeno “X” são: LAT: 14.4220o S e LON: 15.6910o E.

As pequenas crateras que formam a letra “X” parecem ser jovens (devido à alta taxa de albedo) e não são nominadas pela IAU (International Astronomical Union). Elas apresentam cerca de 3 Km de diâmetro em média, com profundidades variando de 350 m até 550 m. Se traçássemos um circulo imaginário em torno da imagem do pequeno “X”, o diâmetro seria de aproximadamente 11,5 Km, ou seja 10 vezes menor quando comparado com o grande “X”.

Até hoje ninguém tinha chamado a atenção para esse modesto “X” da superfície lunar. Porém, apesar dele ser muito pequeno quando comparado com o famoso e grande “X” do terminadouro, para nós do VTOL, ele é muito importante por ter visual diferenciado e servir de desafio para observação através de pequenos telescópios.

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Foto: As crateras que compõem o pequeno e “não famoso” “X” da Lua, em fotografia executada pela tripulação da espaçonave Apollo 16, em abril de 1972, numa latitude orbital de aproximadamente 114 km. Fonte: NASA.

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Foto executada com apenas 1 frame em 11? de ?abril? de ?2012, ??02:50:26 (05:50:26 UT).

Não deixem de visitar o site oficial do Observatório Lunar Vaz Tolentino onde é possível encontrar centenas de imagens da Lua além de muitas informações sobre astronomia e ciências em geral. Visitem o remodelado site do VTOL: www.vaztolentino.com.br

Fonte:

http://www.vaztolentino.com.br/imagens/6626-O-nao-famoso-e-pequeno-X-na-Lua-do-VTOL#photo_description

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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