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O Mecanismo de Anticítera

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observatory_150105Que objeto é esse mostrado na foto acima? Os restos do artefato mostrado acima foram encontrados e resgatados do fundo mar, a uma profundidade aproximada de 43 metros, de um navio grego afundado, em 1901, juntamente com várias estátuas e outros objetos, por mergulhadores, na costa da ilha grega de Anticítera, entre a ilha de Citera e a de Creta. Sua complexidade já tomou décadas de estudos dos especialistas e mesmo assim algumas de suas funções permanecem desconhecidas. Intensamente estudado entre o final da década de 1950 e o início da década de 1970, o mecanismo é composto por vinte e sete engrenagens de bronze, feitas a mão, e organizadas de modo a representar mecanicamente a órbita da Lua, de outros planetas do Sistema Solar e do próprio Sol. Primitivamente teria sido protegido por uma caixa ou moldura de madeira, constituindo-se no mais antigo computador analógico hoje conhecido.

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Imagens de raios-X do aparelho têm confirmado a natureza do chamado Mecanismo de Anticítera, além de descobrir algumas funções surpreendentes. O Mecanismo de Anticítera tem sido apontado como sendo um computador mecânico com uma precisão pensada como sendo impossível para a época, 80 A.C., quando o navio que o carregava afundou. Só se imaginava que uma tecnologia assim sofisticada pudesse ser desenvolvida dali a 1000 anos. Por exemplo, o artefato é notável porque empregava, já no século I a.C., uma engrenagem diferencial, que se acreditava ter sido inventada apenas no século XVI, e pelo nível de miniaturização e complexidade de suas partes, comparável às de um relógio feito no século XVIII. Suas rodas e engrenagens são capazes de prever a posição das estrelas e dos planetas no céu bem como prever a data dos eclipses lunares e solares. O Mecanismo de Anticítera mostrado nas imagens desse post, tem 33 centímetros de altura e seu tamanho como um todo é similar a um grande livro.

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Fonte:

http://apod.nasa.gov/apod/ap130120.html

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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