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O MAIOR FILAMENTO DA TEIA CÓSMICA OBSERVADO PELOS ASTRÔNOMOS – SPACE TODAY TV EP2385

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A história do início do universo é algo que fascina a todos nós, e que tem muito influência em como vemos hoje o cosmos.

A cerca de 13.8 bilhões de anos, na hipótese mais aceita atualmente, aconteceu o Big Bang, uma grande expansão/explosão, onde a matéria que estava toda concentrada num ponto começou a se expandir.

Em algumas partes dessa nuvem em expansão começaram a aparecer regiões mais densas que as outras, e isso levou a formação de galáxias, planetas, estrelas e tudo mais.

Como essas regiões mais densas tinham uma força gravitacional maior, com o passar do tempo cada vez mais massa foi se concentrando nessas regiões, e o espaço entre elas foi ficando vazio.

No decorrer desses 13 bilhões de anos, um espécie de esponja se desenvolveu no universo, com grandes regiões vazias e outras regiões onde a matéria se concentrava muito, formando o que conhecemos hoje como os aglomerados de galáxias.

Se tudo realmente aconteceu dessa forma, as galáxias e os aglomerados devem ainda estar conectados por partes remanescentes desse gás em uma espécia de teia cósmica.

Essa teia é formada por esses filamentos que conectam os aglomerados de galáxias, e de acordo com os cálculos mais da metade de toda a matéria bariônica do universo está nesses filamentos.

Observar esses filamentos então é essencial para podermos entender a distribuição da matéria no universo, porém, já sabe, se é algo importante é difícil de se ver.

Isso mesmo, observar esses filamentos é algo muito complicado, pois o gás ali é muito tênue.

Mas com as novas tecnologias isso tem se tornado mais fácil para os astrônomos, principalmente com o eROSITA.

O eROSITA, aquele novo observatório de raios-X consegue detectar a radiação que emana desses filamentos de gás.

E agora os astrônomos conseguem imagens detalhadas da estrutura da teia cósmica.

O que os astrônomos conseguiram agora foi algo surpreendente, com o eROSITA eles investigaram o objeto chamado Abell 3391/95.

Esse objeto é um sistema que possui 3 aglomerados de galáxias e que está localizado a 700 milhões de anos-luz de distância da Terra.

As imagens do eROSITA mostraram não somenteas galáxias individuais desses aglomerados, mas também algo impressionante.

Um filamento inteiro da teia cósmica com 50 milhões de anos-luz de comprimento.

Você achou grande? Sim, é grande, é o maior já detectado até o momento, mas os astrônomos disseram que é apenas um pedaço, esse filamento é ainda maior, muito maior.

Os astrônomos compararam as imagens que eles obtiveram com o eROSITA com simulações computacionais que reconstroem a evolução do universo.

E as imagens bateram com o resultado das simulações. O que mostra que o modelo padrão usado para a evolução do universo está correto.

Além disso, os dados mostram que a matéria bariônica perdida, como chamamos, está provavelmente realmente escondida nesses filamentos!!!

Com as novas tecnologias, a tendência é que os astrônomos consigam cada vez mais informações sobre esses filamentos da teia cósmica e assim poderemos entender muito bem como o universo evoluiu.

Fontes:
https://phys.org/news/2020-12-longest-intergalactic-gas-filament.html

https://www.aanda.org/component/article?access=doi&doi=10.1051/0004-6361/202039590

#COSMICWEB #UNIVERSEEVOLUTION #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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