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Lente Gravitacional Ajuda O Hubble a Estudar Galáxias Distantes

A imagem acima feita pelo Telescópio Espacial Hubble, das agências espaciais NASA e ESA mostra o excelente uso do fascinante fenômeno cósmico conhecido como lente gravitacional.

Esse efeito funciona quando a influência gravitacional de um objeto massivo, como o aglomerado de galáxias no centro da imagem, é tão colossal, que ele consegue distorcer o espaço ao redor, fazendo com que a luz viaje por uma trajetória distorcida. O objeto massivo é eficientemente transformado numa gigantesca lente, curvando e amplificando a luz que viaja de galáxias mais distantes localizadas além dele.

Nesse caso particular, os astrônomos usaram o aglomerado de galáxias em primeiro plano, conhecido como SDSS J09+3826 para estudar a formação de estrelas em galáxias localizadas tão longe, que a luz leva cerca de 11.5 bilhões de anos para atingir os nossos olhos. Essas galáxias se formaram num estágio muito inicial do universo. Isso dá aos astrônomos uma rara chance de observar o que pode ter acontecido no início do universo. Apesar da distância das galáxias, o efeito de lente do SDSS J0915+3826 permitiu aos astrônomos estudar o tamanho, a luminosidade, a taxa de formação de estrelas e a população estelar de aglomerações individuais de formação de estrelas dentro dessas galáxias, algo inimaginável se você pensar em observar essas galáxias sem a ajuda da lente gravitacional.

Crédito:

ESA/Hubble & NASA
Acknowledgement: Judy Schmidt (geckzilla.com)

Fonte:

https://www.spacetelescope.org/images/potw1844a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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