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Hubble e a Supernova da Galáxia NGC 268

A galáxia espiral NGC 298, localizada a cerca de 89 milhões de anos-luz de distância na constelação de Cetus, é o palco de um dos eventos mais extremos da astronomia: uma explosão estelar catastrófica conhecida como supernova do Tipo II. Em 1986, essa galáxia pacífica se tornou o palco de um evento astronômico extraordinário que ainda hoje intriga os cientistas.

As supernovas do Tipo II são produzidas pelo colapso e subsequente explosão de estrelas jovens e massivas. Embora todas as supernovas do Tipo II sejam originadas dessa maneira, elas podem produzir uma diversidade espetacular de brilhos e características espectrais. Os astrônomos suspeitam que a diversidade desse show de fogos de artifício cósmico possa ser devido ao gás e à poeira sendo arrancados das estrelas que eventualmente produzirão supernovas do Tipo II.

A galáxia NGC 298, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, parece isolada nesta imagem, com apenas um punhado de galáxias distantes e estrelas em primeiro plano acompanhando a galáxia solitária. No entanto, em 1986, a NGC 298 foi palco de uma supernova do Tipo II, um evento que marcou a galáxia de maneira indelével.

A Câmera Avançada para Pesquisas do Hubble capturou a NGC 298 como parte de uma investigação sobre as origens das supernovas do Tipo II. Observar a região ao redor das explosões de supernovas pode revelar vestígios da história da estrela progenitora preservada nesta massa perdida, bem como revelar quaisquer estrelas companheiras que sobreviveram à supernova.

De acordo com um estudo publicado no The Astrophysical Journal, intitulado “The Peculiar Extinction Law of SN 2006X”, a diversidade das supernovas do Tipo II pode ser atribuída à presença de gás e poeira que são arrancados das estrelas que eventualmente produzirão essas supernovas. Essa pesquisa sugere que a diversidade desse show de fogos de artifício cósmico pode ser devido ao gás e à poeira sendo arrancados das estrelas que eventualmente produzirão supernovas do Tipo II.

O estudo analisou a supernova SN 2006X, que ocorreu na galáxia espiral NGC 4321. A análise dos dados do Telescópio Espacial Hubble e do espectro nebuloso da supernova revelou que a explosão resultou em uma intrincada rede de filamentos e nuvens, conhecida como remanescente de supernova. Esses remanescentes são o resultado da onda de choque gerada pela explosão, que viaja para fora, comprimindo o gás ao redor da estrela e criando a rede complexa visível na imagem.

A supernova do Tipo II que ocorreu na NGC 298 em 1986 ainda é objeto de estudo e fascínio. A explosão estelar deixou um remanescente de supernova que os astrônomos continuam a observar e analisar para entender melhor as origens e os efeitos das supernovas do Tipo II.

A pesquisa sugere que a diversidade de brilhos e características espectrais das supernovas do Tipo II pode ser devido ao gás e à poeira sendo arrancados das estrelas que eventualmente produzirão essas supernovas. Observar a região ao redor das explosões de supernovas pode revelar vestígios da história da estrela progenitora preservada nesta massa perdida, bem como revelar quaisquer estrelas companheiras que sobreviveram à supernova.

A galáxia espiral NGC 298 e a supernova do Tipo II que ocorreu lá em 1986 oferecem uma visão fascinante do poder e da beleza dos eventos astronômicos. Através do estudo contínuo desses fenômenos, os astrônomos esperam desvendar mais segredos sobre as origens e os efeitos das supernovas do Tipo II, contribuindo para a nossa compreensão do universo.

Fonte:

https://esahubble.org/images/potw2322a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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