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12 de dezembro de 2024

Fogos de Artifícios Celeste Marcam a Descoberta Da Colisão de Galáxias Mais Próxima da Terra

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Uma espetacular colisão de galáxias foi descoberta além da Via Láctea. O sistema mais próximo já descoberto, a identificação foi anunciada por uma equipe de astrônomos liderada pelo Professor Quentin Parker da Universidade de Hong Kong e pelo Professor Albert Zijlstra na Universidade de Manchester.

A galáxia está a 30 milhões de anos-luz de distância, o que significa que ela é relativamente próxima. Ela foi chamada de Roda de Kathryn, em homenagem à sua semelhança com o famoso fogo de artifício e também em homenagem à esposa do coautor do trabalho.

Esses sistemas são muito raros e nascem da colisão entre duas galáxias de tamanhos similares. As ondas de choque geradas na colisão comprimem o reservatório de gás em cada galáxia e disparam a formação de novas estrelas. Isso cria um espetacular anel de intensa emissão, e ilumina o sistema, do mesmo modo que a Roda Catherine ilumina a noite num show de fogos de artifício.

As galáxias crescem através de colisões, mas é raro registrar esse processo acontecendo, e é extremamente raro ver o anel da colisão em progresso. Pouco mais de 20 sistemas com anéis completos são conhecidos.

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A Roda de Kathryn foi descoberta durante uma pesquisa especial de vasto campo da parte sul da Via Láctea realizada com o Telescópio Schmidt do Reino Unido, localizado na Austrália. Ele usou uma região restrita de comprimento de onda centrada na chamada linha de emissão H-alpha vermelha do hidrogênio gasoso. Essa joia rara foi descoberta durante uma pesquisa das imagens pelas partes remanescentes de estrelas moribundas na nossa Via Láctea. Os autores ficaram surpresos ao encontrar também esse espetacular anel cósmico, localizada remotamente além da poeira e do gás da Via Láctea na constelação de Ara.

A galáxia de anel recém-descoberta é sete vezes mais próxima do que qualquer outra já descoberta, e quarenta vezes mais próxima do que a famosa galáxia Cartwheel. O anel é localizado atrás de um denso campo estelar e perto de uma estrela brilhante de primeiro plano, e isso é um dos motivos que esse anel não havia sido notado antes. Existem muito poucas galáxias nessa vizinhança, e a detecção de uma colisão numa região assim vazia do espaço é muito complicada.

O Professor Parker, disse, “Esse sistema não é só visualmente impressionante, mas ele é perto o suficiente para que seja considerado um alvo ideal para um estudo detalhado. O anel tem também pouca massa – poucos bilhões de vezes a massa do Sol, ou menos de 1% da massa da Via Láctea – assim, nossa descoberta mostra que os anéis de colisão podem se formar ao redor de galáxias bem menores do que se pensava anteriormente”.

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O Professor Zijstra adicionou, “Não é muito frequente você dar um nome para qualquer objeto no céu. Mas eu acho que a Roda de Kathryn se ajusta muito bem ao objeto, lembrando os fogos de artifício e dando continuidade a nomear objetos em homenagem àqueles que amamos”.

Galáxias menores, são mais comuns do que galáxias grandes, implicando que os anéis de colisão poderiam ser dez vezes mais comuns do que se pensava anteriormente. Os autores pretendem realizar estudos mais detalhados usando telescópios maiores já que a galáxia descoberta é atualmente a única desse tipo, perto o suficiente para ser estudada em detalhe.

Fonte:

http://astronomynow.com/2015/08/16/celestial-firework-marks-nearest-galaxy-collision/

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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