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Equipe do Rover Curiosity Verifica Rota Possivelmente Mais Suave Para Seguir Com A Exploração em Marte

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observatory_150105A equipe que opera o rover Curiosity da NASA em Marte, está considerando uma trajetória que passará por uma pequena duna de areia para alcançar assim uma rota favorável para os destinos científicos da missão.

Uma rota favorável sairia de um terreno com rochas afiadas consideradas mais propensas a criarem buracos nas rodas de alumínio do rover.

Enquanto a equipe avalia maneiras de como reduzir os desgastes das rodas, o Curiosity tem feito progresso em direção ao próximo local onde realizará a perfuração de uma rocha e analisará amostras e também em direção ao seu destino de longo prazo: as camadas geológicas expostas do talude do Monte Sharp. O rover tem sido guiado para mapear um quadrante que inclui um local candidato a ser perfurado. Enquanto isso, testes na Terra, estão validando as capacidades de perfurar rochas em taludes parecidos com aqueles que provavelmente o rover encontrará no Monte Sharp.

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O Curiosity já percorreu 264.7 metros desde 1 de Janeiro de 2014, totalizando uma distância de 4.89 quilômetros já percorrida em Marte desde o seu pouso em Agosto de 2012.

O acúmulo de furos e rasgos nas rodas do rover acelerou no quarto quarto de 2013. Entre as respostas para esse desenvolvimento, a equipe agora dirige o rover com precauções adicionais, verificando cuidadosamente e frequentemente as condições das rodas do Curiosity, e avaliando as rotas e os métodos de direção que podem evitar os danos nas rodas.

Uma duna de aproximadamente 1 metro de altura espalhou o vazio entre duas escarpas que pode ser um portão de entrada para uma rota na direção sudoeste por um terreno relativamente suave. O Curiosity está se aproximando de um local denominado Dingo Gap a partir de sudeste. A equipe está usando imagens do rover para acessar como atravessar a duna.

“A decisão ainda não foi feita, mas é prudente verificar”, disse Jim Erickson, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, na Califórnia, gerente de projeto para o Curiosity. “Nós vamos dar uma olhada sobre a duna para dentro do vale imediatamente a oeste para ver se o terreno parece tão bom como indicam as análises feitas por imagens orbitais”. As imagens orbitais foram feitas pela câmera High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE) a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter da NASA.

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Outras rotas também têm sido avaliadas para levar o Curiosity da sua posição atual até o local que está sendo avaliado como próximo local a ser perfurado, chamado de KMS-9. Esse local fica a aproximadamente 800 metros em linha reta, mas é consideravelmente mais distante utilizando qualquer outra rota de acesso. Características analisadas em imagens orbitais do local têm sido usadas como recursos para a equipe científica do rover avaliar. “No KMS-9, nós pudemos observar três tipos de terrenos expostos e uma superfície relativamente livre de poeira “, disse o colaboradora da equipe científica Katie Stack do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.

Antes de pousar dentro da Cratera Gale, a equipe científica da missão usou imagens da órbita para mapear os tipos de terreno num grid de 140 quadrantes quadrados cada um com 1.5 quilômetros de largura. O Curiosity pousou no quadrante Yellowknife e subsequentemente cruzou partes dos quadrantes chamados Mawson e Coeymans. Esse mês, o rover entrou no quadrante Kimberley, lar do ponto KMS-9.

Stack, disse, “Essa área chama a atenção pois nós podemos ver unidades de terreno diferentes daquelas que o Curiosity visitou até agora. Uma unidade possui estrias todas orientadas na mesma direção. Outra unidade é suave, sem estrias. Nós não sabemos ainda o que elas são. A grande atração é a exploração e a observação de coisas novas”.

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As investigações científicas continuam ao longo dos recentes trajetos viajados. Uma rocha, examinada em 15 de Janeiro de 2014, e chamada de Harrison, revelou cristais lineares com uma composição rica em cristais de feldspato.

Para preparar o rover para destinos mais distantes a frente, os engenheiros estão usando um rover de teste no JPL, para verificar a habilidade de tolerar derrapagens ligeiras nos taludes enquanto usa sua ferramenta de perfuração. Com a furadeira na rocha, os testes simularam escorregões de até 5 centímetros e que não causaram danos.

“Esses testes estão gerando confiança para as operações que nós provavelmente usaremos quando o Curiosity estiver nos taludes do Monte Sharp”, disse Daniel Limonadi do JPL, líder dos sistemas de engenharia para amostragem de superfície com o braço robótico do rover.

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Outro teste no JPL está avaliando possíveis técnicas de direção que podem ajudar a reduzir a taxa de furos nas rodas do rover, como dirigir o rover de ré ou usar quatro rodas ao invés de seis em determinados momentos do trajeto. Alguns danos nas rodas podem resultar da força das rodas traseiras empurrando as rodas do meio e da frente do rover contra rochas afiadas, ao invés de serem causados simplesmente pelo peso do rover sendo dirigido sobre as rodas.

“Uma analogia é quando rolamos uma mala de rodinhas sobre um meio fio, nesse caso é possível sentir a diferença entre tentar empurrar a mala sobre o meio fio ou puxá-la”, disse Richard Rainen do JPL, líder da equipe de engenharia mecânica do Cuuriosity.

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Enquanto continuam a avaliar rotas e técnicas de direção, a equipe do Curiosity adicionará alguns turnos noturnos e finais de semana em Fevereiro para planejar mais trechos a serem percorridos do que aqueles possíveis até o momento.

O Mars Science Laboratory Project da NASA está usando o rover curiosity para acessar antigos ambientes habitáveis e as grandes mudanças que ocorreram nas condições ambientais marcianas. O JPL é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, e construiu o rover e gerencia o projeto para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. Para mais informações sobre o Curiosity, visitem: http://www.nasa.gov/msl e http://mars.jpl.nasa.gov/msl/ . Você pode seguir a missão no Facebook em http://www.facebook.com/marscuriosity e no  Twitter em http://www.twitter.com/marscuriosity .

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Fonte:

http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2014-028

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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