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Detalhes Observados e Analisados Bem De Perto Em Uma Região da Lua

Essa é uma imagem cheia de coisas estranhas na Lua. A maior parte das crateras nessa região a menos das pequenas e mais simples, foram fortemente modificadas, e a região de mar também não completamente um padrão que se é observado no satélite. A Cratera Opelt próxima a parte inferior esquerda da imagem é uma cratera em ruínas, com um anel continuo e arqueado na parte esquerda e com uma cadeia arqueada da mesma maneira, porém mais baixa à direita. Provavelmente essa cratera foi um dia uma cratera perfeitamente normal preenchida por lavas de mar. Os pedaços mais montanhosos da parte remanescente do anel estão na parte superior esquerda e na parte inferior direita da cratera e eles parecem terem sido cortados pelo material ejetado da bacia que fluiu e passou por eles. Exceto por eles não serem radiais à Imbrium, talvez eles foram polidos pelo material ejetado pela Bacia Nubium, mas isso parece muito antigo. Então nessa região a sequencia dos acontecimentos foi a formação da cratera, a abrasão do anel, a inundação de lava, a solidificação da lava e a formação da larga cadeia de mar à esquerda da Opelt. Imediatamente acima da Opelt, está uma cratera mais incerta, ou mais em ruínas ainda, cratera essa do mesmo tamanho da Opelt. Seu lado esquerdo é definido por uma borda de pedaços elevados de material mais velho cortado por dois ou três grupos de canais. Esse é provavelmente um local de maior espessura do material ejetado pelo Imbrium que não foi posteriormente coberto pelas lavas do Nubium. Como outras partes do material ejetado da bacia, ele foi cortado por canais, pode-se suspeitar que o material ejetado era formado por uma rocha não consolidada e assim foi facilmente deformado, mas a pergunta que fica é quais forças levaram a formação desses canais? À direita da Opelt e na ruína acima está uma outra cratera fantasma mais incerta ainda, que dá uma pista de sua existência pela presença uma feição curva mais escura que o material de mar no seu lado esquerdo e por uma cadeia de mar bem baixa à direita. Uma estranha linha um pouco difusa parecendo uma linha curva cruza a metade direita dessa possível feição. Muitos pensam numa primeira olhada que é um defeito – algo fora de foco, ou provocado pela presença de fio de cabelo – mas quando se identifica essas feições em outras imagens se tem a conclusão de que são feições reais. Isso é na verdade causado por uma delicada sombra gerada por uma baixa cadeia de mar, uma ocorrência incomum na verdade.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/March+31%2C+2011

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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