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Descobrindo as Origens dos Halos das Galáxias

Por: Ned Oliveira

Usando o Telescópio Subaru no topo de Maunakea, pesquisadores identificaram 11 galáxias anãs e dois halos contendo estrelas na região externa de uma grande galáxia espiral a 25 milhões de anos-luz da Terra.

Os resultados, publicados no The Astrophysical Journal, fornecem uma nova visão sobre como esses “fluxos estelares de maré” se formam em torno de galáxias.

Pesquisadores da Universidade de Tohoku e colegas usaram uma câmera de visão de campo ultra-ampla no Telescópio Subaru para desenvolver uma melhor compreensão de halos estelares.

Essas formações em forma de anel de estrelas orbitam grandes galáxias e muitas vezes podem se originar de galáxias anãs menores nas proximidades.

A equipe centrou sua atenção na Galáxia NGC 4631, também conhecida como Galáxia da Baleia devido à sua forma.

Eles identificaram 11 galáxias anãs em sua região externa, algumas das quais já eram conhecidas.

As galáxias anãs não são facilmente detectadas devido aos seus pequenos tamanhos, massas e baixo brilho.

A equipe também encontrou dois fluxos estelares de maré orbitando a galáxia: um, chamado Stream SE, está localizado na frente dela e o outro, chamado Stream NW, está alinhado atrás dela.

Com base em cálculos com o objetivo de estimar o conteúdo metálico dos fluxos estelares, a equipe acredita que é possível que eles se originassem como resultado de uma interação gravitacional entre a Galáxia da Baleia e uma galáxia anã orbitando.

A equipe também descobriu que ambos os fluxos são relativamente mais fracos do que outros fluxos estelares que foram estudados em torno de galáxias próximas à Via Láctea.

Stream NW é o mais brilhante do par e tem um núcleo mais concentrado.

Os pesquisadores levantam a hipótese de que esse brilho se deve a uma galáxia anã, possivelmente incorporada dentro dela, e que esta anã teve uma interação gravitacional com a Galáxia da Baleia para formar Stream SE.

Acredita-se que os halos estelares são menos comuns quando a massa estelar total de uma galáxia é menor do que a massa estelar de galáxias maiores, como a Galáxia do Triângulo.

Como resultado de seus cálculos, os pesquisadores acreditam que a Galáxia da Baleia, embora grande, tem uma massa menor do que a Via Láctea.

No entanto, ainda está em uma fase de crescimento ativo, e assim são os halos circundantes.

Estudos futuros poderiam ajudar a esclarecer melhor como os halos estelares se formam em torno de galáxias com massas relativamente pequenas, concluem os pesquisadores.

Pesquisa publicada no Astrophysical Journal (Tanaka et al., 2017, “Resolve Stellar Streams em torno de NGC 4631 a partir de um Subaru / Hyper Suprime-Cam Survey”, The Astrophysical Journal, 842, 127).

Fonte: https://www.subarutelescope.org/Pressrelease/2017/08/02/index.html

Créditos das imagens: Universidade de Tohoku / NAOJ

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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