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Como Marte Perdeu Sua Atmosfera – 365 Dias de Astronomia – 029

Uma frota de sondas está explorando o Planeta Vermelho, enviando para a Terra uma enxurrada de dados que ajudam  a desvendar os segredos de Marte.
Quando a sonda MAVEN da NASA chegou lá em 2014, tornou-se a primeira missão dedicada a observar a atmosfera superior de Marte.
Essa região é um duto para o escape do ar para o espaço, um processo que provavelmente secou o planeta Marte no início de sua história.
A causa mais provável desse processo é o vento solar, um fluxo de partículas eletricamente carregadas que são emanadas do Sol.
Quando o vento solar atinge Marte, ele interage diretamente com a atmosfera superior, acumulando-se na frente do planeta em uma onda de choque.
As partículas carregadas na atmosfera superior de Marte, vistas aqui coloridas sentem a força do campo elétrico gerado pelo vento solar.
Essas partículas, ou íons, podem pegar energia suficiente a partir do campo elétrico para escapar para o espaço.
Nessa simulação, as partículas verdes representam os íons de média energia que são varridas para trás na esteira do vento solar.
Os íons de alta energia, em amarelo e vermelho seguem o campo elétrico numa pluma polar acima de Marte.
Agora, os dados da MAVEN estão suportando esse modelo da erosão pelo vento solar.
Esse gráfico mostra as primeiras medições já feitas do fluxo de íons de oxigênio, em torno de Marte, permitindo que possamos ver o vento solar dirigindo a atmosfera para o espaço, tanto na pluma polar como nas regiões de cauda.
À medida que a missão da MAVEN continua, novas medidas serão fundamentais para que possamos entender como esses processos funcionam, moldando a evolução contínua do clima marciano.
Referência:

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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