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BEM-VINDO A JANSSEN O PLANETA INFERNAL DE LAVA E DIAMANTE

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Os astrônomos já descobriram mais de 5000 exoplanetas no universo, e com cada um deles eles aprendem muito, sobre planetas, sistemas e toda a dinâmica que envolve os sistemas planetários.

Quando os astrônomos descobrem sistemas multi-planetários isso é ainda melhor, e se esse sistema orbitar um sistema binário de estrelas melhor ainda.

Existe um exoplaneta, na verdade um sistema planetário muito interessante, localizado a cerca de 40 anos-luz da Terra.

Esse sistema orbita a estrela Copernicus, e nesse sistema está localizado o exoplaneta conhecido como 55 Cancri e.

Esse exoplaneta tem um nome, ele se chama Janssen, um nome dado em homenagem a Zacharias Janssen, que é considerado o inventor do primeiro telescópio óptico.

Esse planeta é um mundo rochoso, cujo o ano dura apenas 18 horas.

Ou seja, o Janssen está 70 vezes mais perto da sua estrela do que a Terra está do Sol.

E essa proximidade lhe rendeu um apelido, ele é chamado de planeta inferno.

O Janssen é um exoplaneta que tenho um tamanho entre a Terra e Netuno, 1.85 vezes o tamanho da Terra, e 8 vezes massivo que a Terra, ele teria que ser em teoria mais denso que a Terra, mas não é, e devido à sua proximidade da estrela ele é coberto por um imenso oceano de lava e tem um núcleo formado de diamante.

A estrela Copernicus que ele orbita não está sozinha, na verdade ela é uma estrela binária, algo que é comum no universo.

Esse sistema estelar é formado por uma estrela principal que é um pouco mais fria que o Sol e uma estrela menor, que é uma anã vermelha superfria, o tipo mais comum de estrela no universo.

E o Janssen também não está sozinho ele faz parte de um sistema planetário composto por 5 exoplanetas.

Mas o que intrigou os astrônomos de verdade é a grande proximidade de Janssen com sua estrela.

Os astrônomos sabem que os planetas se formam longe de suas estrelas, então a grande questão é como o Janssen foi parar perto da Copernicus, o que causou a migração do Janssen?

Para poder estudar o sistema planetário da Copernicus, os pesquisadores usaram um espectrógrafo de grande precisão chamado de EXPRESS, para estudar o deslocamento doppler da luz da estrela.

Eles descobriram então que o planeta Janssen orbita sua estrela ao longo do equador, ao contrário dos outros 4 planetas do sistema.

Essa órbita incomum sugere que realmente o planeta se formou longe da sua estrela e foi atraído para perto dela devido à força gravitacional da estrela.

Essa descoberta é um marco na dinâmica dos sistemas planetários, pois anteriormente se pensava que era a anã vermelha que havia alterado a órbita do Janssen.

Provavelmente seus 4 irmãos conhecidos como os planetas Galilleo, Brahe, Harriot e Lipperhey, interagiram gravitacionalmente para empurrar o Janssen para perto da estrela, mas esse processo também está acontecendo com os outros planetas.

E foi assim que o Janssen se tornou um inferno com temperaturas que passam os 2000 graus Celsius, derretendo sua crosta e criando as condições para a formação de diamante no seu núcleo.

Esse estudo é muito importante, pois ele mostra como os planetas evoluem e isso pode nos dar uma compreensão melhor para ajudar a descobrir ambientes planetários semelhantes ao da Terra, e entender o quão abundantes eles podem ser e assim estimar com maior precisão mais alguns parâmetros da nossa querida Equação de Drake.

Isso ajuda a entender também o que acontece com os Júpiteres Quentes, planetas que eram para estar longe de suas estrelas, mas aparecem bem perto delas, e isso pode ter acontecido devido a essa migração interna dos exoplanetas.

A ciência dos exoplanetas é nova ainda e muito temos que aprender, e o esforço dos astrônomos está sendo gigantesco para explorar todas as possibilidade e entender todo esse processo.

Fontes:

https://www.sciencealert.com/insanely-hot-hell-planet-was-doomed-by-fatal-attraction

https://www.nature.com/articles/s41550-022-01837-2

#HELLPLANET #EXOPLANET #DIAMONDS

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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