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A Morte De Uma Estrela

A imagem acima feita pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra uma cena escura e sombria na constelação de Gêmeos. O objeto dessa imagem confundiu os astrônomos que o estudaram pela primeira vez, ao invés de ser classificado como sendo um único objeto ele foi registrado como sendo dois objetos devido à sua estrutura de lobos, conhecido como NGC 2371 e NGC 2372, ou as vezes referido de forma conjunta como NGC 2371/72.

Esses dois lobos visíveis na parte superior esquerda e inferior direita do frame, formam algo que é conhecido como uma nebulosa planetária. Apesar do nome, essas nebulosas nada tem a ver com planetas. A NGC 2371/2 se formou quando uma estrela parecida com o Sol atingiu o fim da sua vida e expeliu suas camadas externas, junto com o material e empurrando tudo isso para o espaço, deixando para trás apenas uma remanescente estelar superaquecida. Essa remanescente é visível como uma estrela de tonalidade laranja, no centro do frame, entre os dois lobos.

A estrutura dessa região é complexa. Ela é preenchida com densos nós de gás, jatos que se movimentam rapidamente e que parecem estar mudando de direção com o tempo e nuvens de material sendo jogadas para fora de forma diametralmente oposta da estrela remanescente. Partes brilham intensamente, já que a estrela remanescente emite uma radiação energética que excita o gás dentro dessas regiões, fazendo com que ele se ilumine. Essa cena continuará a mudar nos próximos milhares de anos, eventualmente, os lobos irão se dissipar completamente, e a estrela remanescente irão esfriar e se apagar até formar uma anã branca.

Fonte:

https://www.spacetelescope.org/images/potw1933a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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