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A Beleza Serena da Galáxia Messier 65

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observatory_15038A noite de 1 de Março de 1780 foi uma noite particularmente produtiva para Charles Messier. Vasculhando a constelação de Leo atrás de novas adições para seu grande catálogo astronômico, ele registrou não só um, mas dois novos objetos.

Um desses objetos é visto na imagem acima: o Messier 65. “Nebulosa descoberta em Leo: ela é muito apagada e não contém estrela”, ele anotou em seu caderno. Mas ele estava errado – como nós conhecemos hoje, a Messier 65 é uma galáxia contendo bilhões e bilhões de estrelas.

Todos os objetos Messier observados eram uma luz difusa e apagada, nada parecido com os finos detalhes que conseguimos observar hoje e nessa bela imagem acima, desse modo podemos desculpar seu erro. Se ele tivesse acesso a um telescópio como o Hubble, ele poderia ter espiado essa impressionante galáxia espiral roxa com braços e com linhas escuras de poeira, circulando um centro brilhante repleto de estrelas.

Quase exatamente 223 anos depois, no final do mês de Março de 2013, uma das estrelas dentro da Messier 65, explodiu como supernova (não vista nessa imagem), rivalizando com todo o resto da galáxia em brilho. Essa, a primeira supernova de 2013, está agora se apagando, e a beleza serena da M65 está voltando.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1352a/


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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