Uma equipe de pesquisa, liderada por astrônomos do National Astronomical Observatories of China, ou NAOC, da Chinese Academy of Sciences, descobriram a estrela gigante mais rica em lítio até o momento, com uma abundância de lítio 3000 vezes maior do que as estrelas gigantes normais. Essa estrela está localizada na direção de Ophiuchus, na parte norte do disco galáctico a uma distância aproximada de 4500 anos-luz da Terra.
As descobertas foram feitas com a ajuda do Large Sky Area Multi-Object Fiber Spectroscopic Telescope, ou LAMOST, um telescópio do tipo Schmidt refletor quasi-meridiano, localizado no Xinglong Observatory do NAOC no norte da China. O telescópio é capaz de observar cerca de 4000 corpos celeste de uma vez só e tem feito uma grande contribuição para o estudo da estrutura da galáxia.
O lítio é considerado um dos três elementos sintetizados no Big Bang, junto com o hidrogênio e hélio. A abundância desses três elementos é uma das evidências mais fortes do Big Bang. A evolução do lítio tem sido vastamente estudada na astrofísica moderna, mas poucas gigantes foram encontradas como sendo ricas em lítio nas últimas 3 décadas. Isso faz do estudo do lítio um estudo altamente desafiador.
“A descoberta dessa estrela aumentou consideravelmente o limite superior da abundância do lítio observado, e fornece uma explicação potencial para o caso da estrela rica em lítio extrema”, disse o Prof. Zhao Gang.
Informações detalhadas dessa estrela foram obtidas por observações feitas com o telescópio Automated Planet Finder, o APF no Observatório Lick.
Além de medir a elevada abundância de lítio, a equipe de pesquisa também propôs uma possível explicação para o fenômeno da estrela rica em lítio por uma simulação de rede nuclear com os dados atômicos mais atualizados até o momento como entrada.
A equipe de pesquisa foi liderada pelo Dr. Yan Hongliang, Prof. Shi Jianrong e o Prof. Zhao Gang do NAOC. Os cientistas de outras cinco instituições, incluindo o China Institute of Atomic Energy e da Beijing Normal University também se juntaram à equipe.
Com sua construção finalizada em 2008, e com sua pesquisa regular tendo início em 2012, o LAMOST tem ajudado os cientistas chineses com um catálogo final de cerca de 10 milhões de espectros depois de seis anos de uma pesquisa regular, e no mês de Junho de 2018
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