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WASP-121B : O EXOPLANETA ONDE CHOVE RUBI!!!

SE INSCREVA AGORA NO CIÊNCIA SEM FIM PARA NÃO PERDER OS PAPOS DESSA SEMANA: https://www.youtube.com/c/Ci%C3%AAnciaSemFim Quando os astrônomos descobriram o primeiro exoplaneta orbitando uma estrela parecida com o Sol, em 1995, logo surgiu um tipo novo e interessante de planetas…

SE INSCREVA AGORA NO CIÊNCIA SEM FIM PARA NÃO PERDER OS PAPOS DESSA SEMANA:

https://www.youtube.com/c/Ci%C3%AAnciaSemFim

Quando os astrônomos descobriram o primeiro exoplaneta orbitando uma estrela parecida com o Sol, em 1995, logo surgiu um tipo novo e interessante de planetas que não temos no nosso Sistema Solar.

Esse tipo de planeta é conhecido como Júpiter Quente,, são planetas gasosos como Júpiter mas que orbitam suas estrelas a uma pequena distância.

Dvido à sua proximidade, esse planeta recebe muita radiação e a temperatura atinge os milhares de graus Celsius.

Dos quase 5000 exoplanetas descobertos até agora, cerca de 300 são do tipo Júpiter Quente.

Em 2015, os astrônomos descobriram um exoplaneta na constelação de Puppis, distante cerca de 855 anos-luz da Terra, seu nome WASP-121b, um Júpiter Quente.

O Wasp-121b tem uma massa cerca de 20% amiore que a de Júpiter e um diâmetro que é quase que o dobro do gigante gasoso do nosso Sistema Solar.

Pelo fato do WASP-121b transitar a sua estrela ele é um alvo interessante para ser estudado pelos astrônomos e agora eles resolveram fazer novas observações usando para isso o Telescópio Espacial Hubble.

Esse Júpiter Quente, como a maioria desses exoplanetas está travado gravitacionalmente com a sua estrela, o que significa que ele leva o mesmo tempo para girar ao redor dela e ao redor do seu eixo.

Isso faz com que um lado dele sofra com as altas temperaturas, enquanto o outro lado fica mais frio numa noite eterna.

Usando o Hubble, os astrônomos conseguiram estudar o WASP-121b por duas revoluções completas e com isso foi possível integrar dados do lado noturno com dados do lado diurno do exoplaneta.

E com isso foi possível caracterizar de maneira detalhada o comportamento atmosférico global do planeta.

A primeira coisa que o Hubble conseguiu caracterizar foi um ciclo de água totalmente exótico no exoplaneta.

No lado diruno a temperatura na atmosfera superior do planeta chega a 3000 graus Celsius, nessa temperatura a água começa a brilhar e muitas das moléculas se quebram nos seus componentes atômicos.

No lado noturno do planeta a temperatura cai para 1500 graus, e essa grande diferença de temperatura cria ventos que varrem o planeta de oeste para leste arrastando junto as moléculas de água destruídas.

Quando as moléculas chegam no lado noturno os átomos de hidrogênio e oxigênio se recombinam formando vapor d’água novamente antes de passar novamente para o lado diurno do planeta.

E esse ciclo se mantém, pois a temperatura nunca atinge um nível onde as nuvens de águas formadas no ciclo criem chuvas.

Na verdade as nuvens do WASP-12b são de metal e não de água, elas são formadas de ferro, magnésio, cromo e vanadio.

Os dados do Hubble mostram que a temperatua cai a um nível suficiente para os metais condensarem em nuvens no lado noturno do planeta.

Os ventos intensos levam essas nuvens para o lado diurno onde elas então evaporam.

Alguns metais, entre eles o alumínio e o titânio condensam e depois caem como chuva no WASP-121b.

O que se cria nesse exoplaneta é algo interessante, o alúminio se junta com o oxigênio, e com pequenas impurezas de cromo, ferro e titâncio e criam o que conhecemos aqui na Terra como rubi ou sáfira.

E essa é a chuva nesse estranho exoplaneta.

Agora o que os astrônomos querem é que o James Webb comece logo a sua campanha científica, pois o WASP-12b será observado já no primeiro ano pelo grande telescópio espacial.

E assim, com todo o seu poder será possível saber mais detalhes sobre esse incrível exoplaneta, entender o que acontece na sua atmosfera, a velocidade dos ventos, e mais sobre a composição das chuvas e das nuveens.

Até lá, está aí mais um belo mundo para alimentar a mente dos roteiristas de filme de ficção científica.

Fonte:

https://www.mpia.de/news/science/2022-05-wasp121b

#WASP121B #HOTJUPITER #RUBIRAIN

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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