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Voluntários Chineses Finalizam Missão de 110 Dias Em Simulação de Laboratório Lunar

Um grupo de voluntários chineses emergiu de 110 dias de isolamento em um “laboratório lunar” virtual, informou a mídia estatal, enquanto o país persegue sua ambição de colocar as pessoas na lua.

O serviço oficial de notícias Xinhua transmitiu imagens em seu site sobre os futuros astronautas saindo de sua residência temporária, um ambiente independente que simula as condições que os futuros exploradores enfrentarão na superfície da lua.

No vídeo, estudantes usando máscaras, camisas e tênis azul emergem do laboratório, carregando cestas de frutas e legumes, incluindo cenouras e morangos, cultivadas dentro do módulo.

Foi a segunda estadia do grupo no “Yuegong-1”, o palácio Lunar, que tem  de 160 metros quadrados e fica no campus da Universidade de Beihang, a primeira estadia foi de 60 dias.

No meio, um segundo grupo de quatro alunos passou 200 dias consecutivos na instalação.

Os voluntários viviam no laboratório lacrado para simular uma missão espacial de longo prazo sem nenhuma contribuição do mundo exterior.

A instalação tratava os resíduos humanos com um processo de biofermentação e os voluntários fizeram plantações experimentais, cultivando vegetais com a ajuda de alimentos e subprodutos de resíduos.

O Palácio Lunar tem dois módulos de cultivo e uma cabine de alojamento, com 42 metros quadrados contendo quatro compartimentos para dormir, uma sala comum, um banheiro, uma sala de tratamento de resíduos e uma sala para criação de animais.

Um teste bem-sucedido de 105 dias foi realizado em 2014.

A China não espera pousar seus primeiros astronautas na Lua por pelo menos mais uma década. Mas o projeto procura ajudar a preparar exploradores para estadias mais longas na superfície.

A China está despejando bilhões em seu programa espacial militar, com a esperança de ter um posto espacial avançado de tripulação até 2022.

Fonte:

https://phys.org/news/2018-05-chinese-volunteers-emerge-virtual-moon.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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