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Uma Amostra do Subsolo Lunar

Essa é uma das muitas amostras de solo lunar que retornaram para a Terra a partir dos pousos do projeto Apollo. As amostras lunares fornecem um registro da estratigrafia do local na superfície da Lua onde ela foi recolhida. Na foto acima, aqui reproduzida, está a tubo de amostra número 79002 recolhido pela Apollo 17 da Cratera Van Serg em Taurus Littrow. Ele faz parte de um tubo de dupla direção, que é martelado na superfície e não perfurado. Ele foi dissecado no laboratório de amostras do Lunar Curatorial no Johnson Space Center por Carol Schwarz em Novembro de 1986. A imagem mostra a parte do topo da amostra.

As amostras lunares não se provaram muito úteis como se imaginava primeiramente principalmente no que diz respeito em descobrir a estratigrafia dos locais de pouso na Lua, isso porque o regolito era muito dependente da história geológica local. Cada cratera juntou uma pequena parte do regolito onde as amostras foram recolhidas. Amostras adquiridas numa mesma região separadas de uma curta distância mostraram diferentes ordens de camadas. Mas embora sem a utilidade que se pensava no começo elas forneceram alguns dados sobre a história do vento solar e informações sobre o regolito mais velho abaixo. Alguma parte da primeira amostra trazida pela Apollo 11 foi usada nos experimentos biológicos de quarentena para ver se alguns micróbios viviam sob a superfície lunar. O código de cor localizado na parte superior do tubo é uma escala de cor Munsell que é usada para solos foi usada aqui para fornecer uma descrição da cor do solo lunar. Nos 8cm do topo da seção dessa amostra foram encontrados solos mais maduros e escuros escondidos do vento solar aumentando o seu conteúdo de ferro. As camadas inferiores foram menos perturbadas com o passar dos tempos pelo bombardeios de meteoritos. Se você ao olhar com um telescópio para a Lua sempre imaginou o que estaria presente no seu subsolo, essa imagem é uma boa representação.

Alguns detalhes técnicos dessa amostra:

Número da amostra: 79002

Peso: 409.4 gramas

Os tubos de recolhimento de amostras tinham uma parede fina de ferro com um diâmetro interno de aproximadamente 4.1 cm. O comprimento era de aproximadamente 34 cm com essas dimensões ele poderia se ajustar perfeitamente ao container de retorno de amostras da Apollo (ALSRC), no caso dessa amostra particular ela retornou para a Terra dentro de uma bolsa, não utilizando o container.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/December+10,+2010

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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