Durante períodos na história de Marte quando o planeta sofreu uma grande inclinação do eixo de rotação, mudanças na circulação atmosféricas podem ter favorecido a extensa acumulação de neve em alguns locais do planeta. A região conhecida como Protonilus Mensae é um desses locais de extensa glaciação.
É possível ver o fluxo de material através dos vales entre um complexo de pequenas mesas. Linha de fluxos e frentes de fluxos aparecem como cristas na imagem. Algumas dessas cristas aparecem perpendiculares às mesas indicando assim a direção do fluxo. Outras aparecem concêntricas às mesas e paralelas aos vales, onde os detritos e o gelo agora soterrado moviam-se descendo o vale.
A deflação do gelo deixou para trás uma rica coleção de feições de pequena escala. Padrões poligonais de fraturas e fissuras podem estar relacionados com uma combinação de ciclos de contração térmica e uma subsidência geral da superfície. Fraturas maiores podem ser crevasses glaciais, causadas por diferentes taxas de fluxo no gelo subjacente. Outros padrões mais complexos de cavidades espiraladas podem ser o resultado de uma perda contínua de gelo instável nos tempos atuais em que Marte é um planeta seco.
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