Existem diferentes maneiras de se medir um cometa. O cometa Hale-Bopp, por exemplo, tem um núcleo de mais de 60 milhas de diâmetro, o que acredita-se ser o maior já encontrado. Outro exemplo, a cauda do cometa Hyakutake, se estende a uma distância de mais de 500 milhões de quilômetros desde o núcleo, a maior já conhecida. Embora todos esses exemplos ilustrem como medir um cometa, um grupo de cientistas identificou uma nova maneira de definir o tamanho de um cometa: a região do espaço que é perturbada pela presença do cometa. E para essa nova classe, o prêmio vai para o cometa C/2006 P1 MacNaught, o qual apareceu nos céus entre os meses de Janeiro e Fevereiro de 2007. É claro que o MacNaught também poderia ganhar o prêmio em outra categoria, a do cometa mais pitoresco, como mostra a imagem aqui reproduzida.
O Dr. Geraint Jones do University college de Londres e a sua equipe, usou dados de 2007 da agora inoperante sonda Ulysses, que foi capaz de medir o tamanho da região do espaço que é perturbada pela presença do cometa.
A sonda Ulysses encontrou a cauda de gás ionizado do cometa Macnaught a uma distância do núcleo do cometa de mais de 225 milhões de quilômetros do seu núcleo. Isso é muito mais distante do que o efeito produzido pela cauda do cometa nos céus da Terra em 2007.
“Foi muito difícil observar a cauda de plasma do cometa McNaught em comparação com a sua brilhante cauda de poeira”, disse Jones, “com isso nós não podemos ao certo estimar quão grande ela pode ser. O que nós estamos tentando dizer é que a Ulysses só gastou 2.5 dias para atravessas as ondas de choque de o vento solar ao redor do cometa, isso é muito pouco se comparado aos incríveis 18 dias que o vento solar ficou rodeando o cometa McNaught. Isso mostra que o cometa não foi só incrível sendo observado da Terra, mas ele foi um obstáculo imenso para o vento solar”.
Uma comparação com tempos de cruzamento de encontros de outras sondas com outros cometas mostra a verdadeira escala gigantesca do cometa McNaught. A sonda Giotto, encontrou o cometa Grigg-Skellerup em 1992 e gastou menos de uma hora para cruzar as suas ondas de choque e para cruzar as ondas de choque do cometa Halley a Giotto gastou poucas horas.
“A escala de um cometa ativo vai depender mais do nível de gás que é expelido do que do tamanho de seu núcleo”, disse Jones. “Os núcleos dos cometas não são necessariamente ativos em toda a sua superfície; o que nós podemos dizer com clareza é que o nível de gás produzido pelo MacNaught é muito maior que o do Hyakutake”.
Fonte:
http://www.universetoday.com/2010/04/13/does-mcnaught-take-title-for-biggest-comet-ever/