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Rover Curiosity Usa Pela Primeira Vez Sua Furadeira em Marte

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observatory_150105A ferramenta de perfuração do veículo robô Curiosity da NASA martelou brevemente, sem rotação ainda, um pedaço plano de rocha no assoalho da Cratera Gale, a imensa cratera onde o rover pousou no mês de Agosto de 2012.

As fotos feitas antes e depois da operação revelam a marca deixada pela ação da ferramenta.

Embora os rovers anteriores em Marte tenham rastreado a superfície das rochas, o Curiosity é o primeiro a ter a capacidade de perfurar uma rocha e analisar o seu interior.

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Os engenheiros da NASA estão fazendo cada etapa passo a passo para realizar o procedimento.

Eles precisam checar se tanto a rocha e a furadeira estão se comportando como o esperado.

Se a rocha escolhida como alvo for realmente adequada, um grande número de buracos testes provavelmente serão perfurados, usando tanto a rotação como a percussão para realizar a ação, antes da rocha ser pulverizada, recolhida e entregue aos laboratórios internos do Curiosity.

A missão do Curiosity é tentar determinar se a Cratera Gale já teve ambientes no passado que foram capazes de suportar a vida bacteriana.

Detalhar a composição das rochas é algo crítico para essa investigação de como os depósitos na cratera retêm o registro geoquímico das condições nas quais elas se formaram.

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Perfurar poucos centímetros dentro da rocha provem uma amostra fresca que está livre da alteração que pode ocorrer na superfície como o resultado do intemperismo ou da radiação.

O Curiosity pousou no Planeta Vermelha no dia 6 de Agosto de 2012.

O rover já foi guiado para leste desde o local de seu pouso até o local onde as imagens de satélite identificaram o terreno como sendo a interseção de três terrenos geologicamente distintos.

O robô está atualmente numa pequena depressão chamada de Baía Yellowknife. A rocha selecionada para ser perfurada pela primeira vez é uma rocha sedimentar de granulometria muito fina é cortada por veios do que parece ser sulfato de cálcio.

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Essa rocha também tem um nome, foi chamada de John Klein, nome dado em homenagem a um engenheiro da NASA que trabalhou no projeto do rover.

Os cientistas estão entusiasmados com o progresso da missão. Muitas rochas como essas na Baía Yellowknife mostram evidências claras da deposição, ou da alteração pela água.

Pouco antes de entrar na Baía, o Curiosity identificou conglomerados contendo pequenas pedras arredondadas, indicando a presença passada de água que passou por ali rapidamente, muito provavelmente por uma rede de canais.

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Fonte:

http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-21312821

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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