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Rover Curiosity da NASA Está Pronto Para Seguir Sua Jornada Até o Monte Sharp

curiosity_turning_point_01

observatory_1501054A missão Mars Science Laboratory da NASA está se aproximando do seu maior ponto de mudança desde que o rover Curiosity pousou na Cratera Gale em Marte no último mês de Agosto.

O rover Curiosity está terminando as investigações em uma área menor que um campo de futebol onde ela tem trabalhado nos últimos seis meses, e está pronta para em breve entrar no seu modo de direção para caminhar até uma área a aproximadamente 8 quilômetros de distância na base do Monte Sharp.

Em Maio, a missão perfurou sua segunda rocha alvo para amostrar material e entregar porções dessa rocha pulverizada nos instrumentos de laboratório do rover em uma semana, aproximadamente um quarto do tempo que foi usado para a mesma atividade na primeira perfuração.

“Estamos atingindo o auge”, disse o Gerente de Projeto do Mars Science Laboratory, Jim Erickson do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia. “Nós precisamos de um ritmo um pouco mais ponderado para todas as atividades que são realizadas pela primeira vez pelo Curiosity desde que ele pousou, mas nós não teremos muito mais tempo desses disponível”.

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Nenhum furo adicional ou coleta de amostra de solo está planejada para ser feita em Glenelg, a área em que o Curiosity entrou no final de 2012 e que foi o primeiro destino do rover depois de seu pouso. Para alcançar o ponto conhecido como Glenelg, o rover se locomoveu a aproximadamente 500 metros do seu ponto de pouso. Para alcançar o próximo destino, o Monte Sharp, o Curiosity será dirigido para sudoeste por muitos meses.

“Nós não sabemos quando nós alcançaremos o Monte sharp”, disse Erickson. “Essa é uma verdadeira missão de exploração, assim, não é só porque nosso destino final é o Monte Sharp que não iremos investigar feições interessantes que encontrarmos ao longo do caminho”.

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Imagens feitas da órbita do Monte Sharp, e imagens do Curiosity feitas à distância, revelam muitas camadas onde os cientistas esperam encontrar evidências sobre como o antigo ambiente marciano mudou e se desenvolveu.

Enquanto completava as primeiras atividades importantes desde que pousou, a missão também já realizou seu principal objetivo científico. Análises da rocha pulverizada da primeira perfuração de uma rocha alvo, chamada de John Klein, fornecendo evidências que um antigo ambiente na Cratera Gale tinha condições favoráveis para o desenvolvimento da vida microbiana, já que os ingredientes elementares essenciais, como energia e água que não era nem muito ácida e nem muito neutra, estavam presentes.

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A equipe do rover escolheu uma rocha similar, chamada de Cumberland, como o segundo alvo a ser perfurado para se poder checar as descobertas feitas em John Klein. Os cientistas estão analisando os resultados obtidos pelos instrumentos laboratoriais de porções das amostras de Cumberland. Uma nova capacidade está sendo usada para fazer o rover caminhar enquanto ainda segura rocha pulverizada no aparelho para suprir material adicional para os instrumentos mais tarde se assim for desejado peal equipe científica.

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Para a campanha de perfuração, em Cumberland, passos que levaram um dia ou mais para serem realizados em John Klein, poderiam ser combinados em uma sequência de comandos em único dia. “Nós usamos a experiência e as lições aprendidas na nossa primeira campanha de perfuração, bem como as novas capacidades de armazenamento de amostras, para a segunda campanha de perfuração de maneira mais eficiente”, disse o líder das atividades de amostragem Joe Melko do JPL. “Em adição a isso, nós aumentamos o uso da própria proteção autônoma do rover. Isso permitiu que mais atividades pudessem ser realizadas conjuntamente antes que a equipe de solo pudesse checar os resultados no rover”.

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A equipe científica escolheu três alvos para serem observados brevemente antes do Curiosity deixar a área de Glenelg: a borda entre áreas de embasamento do lamito e do arenito, uma camada de afloramento chamada de Shaler e outro afloramento chamado de Point Lake.

Joy Crisp, cientista de projeto do JPL, disse, “Shaler pode ser um depósito de rio. Point Lake pode ser vulcânico ou sedimentar. Uma olhada mais detalhada neles poderá nos dar um melhor entendimento de como as rochas que nós amostramos nas perfurações se ajustam à história de como o ambiente mudou”.

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O JPL é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena gerencia o projeto Mars Science Laboratory para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. Para mais informações sobre a missão visitem: http://www.nasa.gov/msl e http://mars.jpl.nasa.gov/msl.

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Você pode seguir as atualizações da missão no Facebook e no Twitter em: http://www.facebook.com/marscuriosity e http://www.twitter.com/marscuriosity.

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Fonte:

http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2013-187&cid=release_2013-187

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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