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14 de novembro de 2024

Rover Curiosity da NASA Em Marte Observa Mais Evidências Sobre a Presença de Água no Planeta Vermelho

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observatory_150105O rover Curiosity da NASA tem visto evidências de minerais aquíferos em rochas perto de onde ele já havia encontrado minerais argilosos dentro de uma rocha perfurada.

Na semana passada, a equipe científica do rover anunciou que as análises realizadas na parte pulverizada de uma rocha do tipo lamito perfurada em Marte indicava condições ambientais passadas que foram favoráveis ao desenvolvimento da vida microbiana. Descobertas adicionais apresentadas, hoje, dia 18 de Março de 2013 no briefing de imprensa da Lunar and Planetary Science Conference em The Woodlands, Texas, sugerem que essas condições possam existir além do local da perfuração.

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Usando a capacidade de imageamento infravermelho de uma câmera a bordo do rover e de um instrumento que atira nêutrons no solo para pesquisar por hidrogênio, os pesquisadores encontraram mais minerais hidratados perto das rochas argilosas além daquelas encontradas nos locais visitados pelo Curiosity anteriormente.

A Mast Camera, ou MastCam do rover pode também servir como um detector de mineral e como uma ferramenta de detecção de minerais hidratados, relatados por Jim Bell da Arizona State University, em Tempe. “Algumas rochas ferrosas e minerais podem ser detectados e mapeados usando os filtros de infravermelho próximo da Mastcam”.

As razões de brilho em diferentes comprimentos de onda do infravermelho próximo da Mastcam podem indicar a presença de alguns minerais hidratados. A técnica foi usada para checar as rochas na área de Baía Yellowknife onde o rover Curiosity perfurou o solo marciano no último mês e coletou a primeira amostra pulverizada do interior dessa rocha. Algumas rochas da Baía Yellowknife são cruzadas por veios brilhantes.

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“Com a Mastcam, nós podemos ver elevados sinais de hidratação nesses veios estreitos que cortam muitas das rochas nessa área”, disse Melissa Rice do Instituto de Tecnolgia da Califórnia em Pasadena. “Esses veios brilhantes contêm minerais hidratados que são diferentes dos minerais argilosos na matriz de rocha ao redor”.

O instrumento russo, conhecido como Dynamic Albedo of Neutrons (DAN) no rover Curiosity detecta o hidrogênio abaixo do rover. Na área de estudo extremamente seca em Marte, o hidrogênio detectado está principalmente em moléculas de águas dentro dos minerais. “Nós definitivamente observamos sinais de variação ao longo de seções do ponto de pouso até a Baía Yellowknife”, disse o vice principal pesquisador do instrumento DAN Maxim Litvak do Space Research Institute em Moscou. “Mais água está sendo  detectada na Baía Yellowknife do que na rota até então. Mesmo dentro da Baía Yellowknife, nós podemos ver significantes variações”.

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As descobertas apresentadas hoje, do Canadian-made Alpha Particle X-Ray Spectrometer (APXS), localizado no braço do Curiosity indica que os processos do ambiente úmido que produziram as argilas na Baía Yellowknife foram gerados sem muitas mudanças na mistura geral de elementos químicos presentes. A composição de elementos do afloramento que o Curiosity perfurou se ajusta à composição do basalto. Por exemplo, como o basalto ela contém as mesmas proporções de sílica, alumínio, magnésio e ferro. O basalto é a rocha mais comum no solo marciano. Ela é uma rocha do tipo ígnea, mas também acredita-se que ela seja o material mãe das rochas sedimentares que o Curiosity tem examinado.

“A composição de elementos das rochas na Baía Yellowknife não foi mudada muito pela alteração mineral”, disse o membro da equipe científica do Curiosity Mariek Schmidt da Universidade Brock, em Saint Catharines, em Ontário no Canadá.

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Uma cobertura nas rochas pode ser feita por compostos detectados pelo  APXS não muito diferentes dos basaltos até que o Curiosity usou uma escova para limpar a poeira. Após isso, o APXS observou menos enxofre.

“Removendo a poeira, nós obtemos uma melhor leitura que empurra a classificação em direção à composição basáltica”, disse Schmidt. Aas rochas sedimentares na Baía Yellowknife provavelmente se formaram quando rochas basálticas se quebraram em fragmentados, transportados e redepositados como partículas sedimentares mineralogicamente alteradas pela exposição à água.

O Mars Science Laboratory Program da NASA está usando o rover Curiosity para investigar se uma área dentro da cratera Gale já ofereceu em algum momento condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento da vida microbiana. O rover Curiosity carrega 10 instrumentos científicos, pousou sete meses atrás para começar sua missão primária de 2 anos. O Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena na Califórnia, gerencia o projeto para o Science Mission Directorate da NASA em Washington.

Para mais informação sobre a missão visite: http://www.jpl.nasa.gov/msl ,http://marsprogram.jpl.nasa.gov/msl e http://www.nasa.gov/msl .

Você pode seguir a missão no Facebook e no Twitter em: http://www.facebook.com/marscuriosity e http://www.twitter.com/marscuriosity .

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Fonte:

http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2013-099&cid=release_2013-099

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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