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Rover Curiosity Ajusta Sua Rota Rumo Ao Monte Sharp

O rover Curiosity da NASA escalou, nessa última quinta-feira, dia 21 de Maio de 2015 uma colina em Marte para se aproximar de um caminho alternativo para investigar uma borda geológica, depois que o local se provou firme o suficiente para ser alcançado.

A caminhada de 22 metros fez com que o rover subisse um talude com inclinação de 21 graus e levou o Curiosity perto de uma área alvo onde dois tipos de embasamentos se encontram. A equipe de ciência do rover quer examinar um afloramento que contém o contato entre a unidade rochosa pálida que a missão analisou inferior no Monte Sharp e uma rocha de embasamento mais escura que a missão não examinou ainda de perto.

Duas semanas atrás, o Curiosity estava de frente para um contato geológico comparável mais ao sul. Com alguns taludes pelo caminho, a equipe replanejou o caminho do veículo e escolheu uma passagem a oeste. O planejamento estratégico da missão mantém sempre múltiplas opções de rotas abertas para que possa escolher nessas situações.

“Marte pode nos enganar constantemente”, disse Chris Roumeliotis, o motorista principal do rover no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena na Califórnia. “Nós sabemos que as ondulações poligonais de areia geraram muitas complicações nos caminhos do Curiosity, mas existem terrenos mais rochosos  com características mais consolidadas diretamente adjacentes a essas ondulações. Assim, nós dirigimos ao redor dessas ondulações que nós acreditamos ser terrenos mais firmes que dão ao Curiosity uma melhor tração. Infelizmente, esse terreno também se torna um material menos consolidado, que definitivamente nos surpreende e também surpreende o Curiosity”.

Em três de quatro caminhadas realizadas entre 7 e 13 de Maio de 2015, as rodas do Curiosity experimentaram problemas em excesso, e as caminhadas foram paralisadas por segurança. O software do rover determinou a quantidade de problemas comparando a rotação da roda com a distância percorrida, como cálculo sendo feita por meio de análise de imagens durante a caminhada.

O rover estava indo para o sul, em geral, desde um ponto perto da base de uma feição chamada Jocko Butte, em direção a um contato geológico na parte leste da área chamada Logan Pass.

As rotas para esse contato necessitaram que o rover passasse pelos taludes mais íngremes que o Curiosity já passou em Marte, e o rover já tinha experimentado alguns escorregamentos laterais em um talude nessa área.

“Nós decidimos voltar para Jocko Butte, e, em paralelo, trabalhar com os cientistas para identificar rotas alternativas”, disse Roumeliotis.

A equipe gastou poucos dias analisando as imagens do rover e da sonda Mars Reconnaissance Orbiter para escolher a melhor rota para os objetivos de curto e longo prazo.

“Um fator que a equipe científica considera é quanto tempo será gasto para atingir um alvo particular, quando existem muitos outros a frente”, disse Ashwin Vasavada, cientista de projeto do Curiosity do JPL. “Nós usamos observações da sonda MArs Reconnaissance Orbiter da NASA para identificar um local alternativo para investigar o contato geológico na área de Logan Pass. É muito interessante dirigir por uma colina num local que antes só observávamos por imagens de satélites e então encontrá-los frente a frente”.

O Curiosity vem explorando Marte desde 2012. O rover alcançou a base do Monte Sharp no último ano depois de investigar de forma perfeita afloramentos próximos ao local de pouso e então caminhando até a montanha. O principal objetivo da missão agora é examinar camadas sucessivamente mais altas do Monte Sharp.

O JPL, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, construiu o rover e gerencia o projeto para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. Para mais informações sobre o Curiosity, visite:

http://www.nasa.gov/msl

http://mars.jpl.nasa.gov/msl

Você pode seguir a missão no Facebook e no Twitter, em:

http://www.facebook.com/marscuriosity

http://www.twitter.com/marscuriosity

Fonte:

http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=4596&utm_source=iContact&utm_medium=email&utm_campaign=NASAJPL&utm_content=daily20150522-3

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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