O mistério de um anel de luz ultravioleta ao redor de uma estrela localizada a 6300 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Hércules, foi resolvido.
O anel, foi primeiro registrado em 2004 ao redor da estrela TYC 2597-735-1 pela sonda Galaxy Evolution Explorer, ou GALEX da NASA, e foi chamado de Nebulosa do Anel Azul. O anel na verdade é o resultado de uma estrela gigante vermelha consumindo uma estrela companheira menor. Quando as duas estrelas se fundiram a milhares de anos atrás, elas expeliram uma nuvem de gás quente que foi cortado por um disco de gás circulando a estrela menor. Isso fez com na nuvem se formasse dois cones em direções opostas. E pelo fato de estarmos olhando de frente para o cone, observamos isso como um anel.
À medida que o gás continuou a expandir, ele varreu o gás ao redor, criando uma onda de choque que aqueceu o gás até uma temperatura alta o suficiente para que ele começasse a emitir radiação no comprimento de onda ultravioleta. Evidências dessa onda de choque foram observadas pela primeira vez em 2006 pelo Telescópio Hale no Monte Palomar e pelo Telescópio Keck no Havaí.
Normalmente quando observamos esse tipo de fusão estelar, observamos ela escondida numa espessa nuvem de poeira, mas a Nebulosa do Anel Azul nos dá uma visão rara desse processo de fusão estelar, num intervalo de tempo curto que fica entre o momento em que a poeira é varrida e a dissipação da nuvem em expansão, ou seja, os astrônomos conseguiram observar uma etapa inédita desse processo.