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RELATIVIDADE PASSA EM TESTE FEITO COM PULSAR BINÁRIO | SPACE TODAY TV EP1944

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Os pulsares são alguns dos objetos extremos que temos no nosso universo.

Eles são estrelas de nêutrons, ou seja, representam a morte de estrelas massivas, com cerca de 20 km de diâmetro porém com mais massa que o Sol.

Isso faz com que esses objetos tenham um campo magnético extremamente intenso, e além disso eles emitem feixes de ondas de rádio ao longo de seu eixo magnético.

Eles possuem uma rotação muito estável e produzem sinais como se fossem faróis que atingem a Terra com a precisão de um relógio atômico.

Com todas essas características, ou seja, massivos, compactos, altamente magnetizados e com propriedades que podem ser definidas com precisão, os pulsares são um laboratório ideal para se testar a Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein.

Como a teoria diz, objetos muitos massivos curvam o espaço-tempo ao seu redor de maneira mais intensa, e devido a isso, em sistemas com dois pulsares, surge um efeito chamado de precessão relativística de rotação.

Esse efeito surge por um desalinhamento do vetor de rotação de cada pulsar com relação ao vetor de momento angular total do sistema binário e é muito provavelmente causado por uma explosão de supernova assimétrica.

Essa precessão causa uma variação na geometria visualizada e pode ser testada de forma observacional.

Isso quer dizer, que se os astrônomos encontrarem um sistema binário de pulsar e monitorarem esse sistema e detectarem essa variação causada pela precessão, pronto, a Teoria Geral da Relatividade de Einstein terá passado por mais um teste.

Em 1969 a observação e modelagem desse efeito rendeu o prêmio Nobel de física para Hulse-Taylor e outros pulsares binários já foram observados também onde esse efeito está presente.

Mas a ciência é assim, ela não acredita nas coisas, você vai lá, mede, e mede de novo, e mede mais uma vez, sempre tentando melhorar alguma coisa para aprimorar as suas medições.

Dessa vez, os astrônomos usaram um pulsar com um período de 144 milissegundos que orbita uma estrela de nêutrons.

Esse pulsar foi monitorado de 2012 até 2018 usando o rádio telescópio de Arecibo, na frequência de 1.4 Ghz.

Além disso, dados de arquivos de 2005 até 2009 foram usados também, de modo que o monitoramento é possível de ser realizado de 2005 até 2018.

Com todos esses dados os astrônomos conseguiram importantes informações sobre o pulsar.

Eles conseguiram aplicar o modelo desenvolvido em 1969 e prever as propriedades de polarização do pulsar, que dão informações importantes sobre a sua estrutura.

Eles conseguiram medir com a maior precisão até hoje a taxa de precessão de rotação do pulsar, e chegaram a um valor que concorda plenamente com o valor previsto pela Teoria Geral da Relatividade de Einstein.

Conseguiram entender o funcionamento dos pulsares, estudando em detalhe o seu pulso de rádio.

E outro ponto importante é que com esse estudo é possível prever o número de sistemas binários como esses, compostos por estrelas de nêutrons, que podem colidir e gerar ondas gravitacionais.

Como sempre é bom dizer, Einstein estava certo mais uma vez!!!

Fontes:

https://www.mpifr-bonn.mpg.de/pressreleases/2019/7

https://www.sciencealert.com/long-term-measurements-of-a-pulsar-have-once-again-confirmed-general-relativity

https://www.iflscience.com/space/binary-pulsar-provides-new-test-for-einstein-s-general-relativity/

#Pulsares #Relatividade #EinsteinCerto

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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