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Região da Lua Mostra Infinidade de Belas Feições em Imagem Espetacular


A imagem acima da Lua é carregada de feições para serem entendidas. A Colina Marius, talvez seja a carapaça de um grande vulcão de escudo, e se apresenta próximo do centro da imagem, com seus aproximadamente 300 pequenos cones vulcânicos e domos ocasionais. Alguns canais sinuosos se apresentam através e ao redor das colinas, o Canal Marius com seus 255 km de comprimento o topo é o mais proeminente. Outras feições são feitas de rochas vulcânicas, mas não possuem suas origens ligadas ao vulcanismo, são cadeias de mares vistas próximas do terminador e ao sul da Cratera Marius. Muitas cadeias de mares estão localizadas dentro de bacias circulares de impacto e foram formadas pelo falhamentos enquanto a bacia sofria subducção e um preenchimento de lava sólida foi comprimido dentro de um pequeno volume. Mas as cadeias aqui não estão dentro de bacias circulares, a menos que a Bacia Gargantuan/Procellarum seja real. O processo de impacto é representado pela Kepler e especialmente pelos raios que marcam a trajetória dos jatos de material ejetado. Todas as outras pequenas crateras vistas não possuem mais a parte brilhante o que indica que elas são mais velhas que a Kepler (o que não é necessariamente verdade desde que o material ejetado pelas pequenas crateras é erodido mais rapidamente do que os das grandes crateras), mas existem pequenas crateras com outras manifestações pouco comuns de colisão. Um exemplo disso é a cratera Bessarion B na parte superior direita da imagem. A menor cratera no seu anel liberou uma grande pedaço da sua parede que escorregou dentro da B. Olhando no mosaico da sonda LRO, pode-se ver que existe uma fronteira reta entre a B e o seu anel , sugerindo que elas podem ter se formado simultaneamente. Antes de deixar essa área vale lembrar que é preciso também mencionar o mais famoso redemoinho da lua, o Reiner Gamma, que aparece na parte inferior esquerda da imagem, uma feição que não produz sombras e é mais manchada que um depósito. Uma imagem como essa, mais uma vez nos mostra como a Lua, nosso único satélite pode a cada dia nos surpreender com fantásticas feições.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/August+31%2C+2011


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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