Todos os halos elípticos são incomuns. Esse é mais incomum ainda. Ele é gigantesco para um halo elíptico, com 15.3 x 5.6 graus, e além disso o halo é preenchido ao invés de ter o conjunto de anéis imbricados normalmente observados nesse fenômeno. Essa pode ser a primeira imagem com credibilidade de um halo elíptico com um disco iluminado. Jari Luomanen, fez essas imagens na Finlândia, no dia 13 de Março de 2013.
“Nessa manhã, eu vi uma espessa aglomeração de poeira em forma de diamante precipitando de nuvens do stratus no céu. Os cristais tinham realmente setores grandes/forma estelar achatada com um diâmetro entre 3 e 5 mm. Eles brilhavam de forma intensa no ar”.
No começo, o halo elíptico se manifestou propriamente dito como um disco iluminado que não tinha nenhum arco distinto em seu interior, somente um disco muito brilhante. Ele estava tão brilhante que o fotógrafo ajustou sua câmera para 1/8000 s. em F20 no momento para poder revelar o disco próximo ao Sol.
Pouco tempo depois o disco se modificou se transformando num distinto halo elíptico. No momento também podia ser visto no céu um arco circunzenital mas nenhum outro halo. Provavelmente os cristais achatado e setorizados possuíam a cunha necessária de 90 graus neles, juntamente com a cunha exótica que produziu as elipses.
A maior parte dos cristais eram achatados e setorizados. Não eram setorizados em forma de estrela e provavelmente a cunha de 90 graus estava na parte terminal desses setores. Mas o fotografo lembra que alguns cristais tinham se desenvolvido em flocos de neve com forma achatada estelar dendritícas.
A forma dos cristais eram semelhantes a essas mostradas abaixo, em imagens que o próprio fotógrafo fez, a muito tempo atrás. Mas ele só teve a chance de ver os cristais quando eles caíram sobre sua jaqueta. Os halos elípticos são normalmente pequenos e muito raros de serem observados.
Os halos elípticos se formam como o resultado dos raios do Sol que são refratados levemente pela passagem através de cristais achatados piramidais. Contudo, os ângulos muito rasos para que isso aconteça não são fisicamente consistentes. Além disso, uma simulação de traçamento de raios dificilmente reproduz com precisão as posições dos múltiplos arcos ou das intensidades relativas.
Cristais setorizados maiores, como os imageados por Jari Luomanen, e flocos de neve poderiam ter a forma de uma cunha afunilando em espessura a partir do centro. As faces dos cristais também precisam ser curvas. Essa combinação de fatores pode gerar halos elípticos.
E uma elipse mais rara ainda que aparece preenchida? Isso poderia ser causado por uma variação nos ângulos das cunhas presentes nos cristais?
A coisa mais certa que podemos dizer sobre como essas elipses preenchidas se formam é que a sua formação é totalmente incerta.
Abaixo a galeria completa de imagens feita por Jari Luomanen durante a aparição desse espetacular halo elíptico gigantesco.
Fonte:
http://www.atoptics.co.uk/fz879.htm