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Raios-X, Matéria Escura e As Galáxias do Aglomerado Abell 2744

Essa imagem combina exposições na luz visível do aglomerado de galáxias Abel 2744 feitas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA e ESA e pelo Very Large Telescope do ESO, com dados de raios-X do Observatório de Raios-X Chandra da NASA e uma reconstrução matemática da localização da matéria escura.

As galáxias no aglomerado, enquanto elas são a única parte que é visível na parte óptica do espectro, na verdade somente fornece cerca de 5% da massa no aglomerado.

O gás quente no interior do aglomerado (mostrado em rosa, e responsável por cerca de 20% da massa do aglomerado) é visível através das suas emissões de raios-X, observado pelo satélite Chandra da NASA.

A parte azul sobreposta mostra um mapa da massa no aglomerado. Isso é reconstruído com base nas análises detalhadas da maneira que o aglomerado distorce a luz das galáxias mais distantes. Evidências dessa luz distorcida podem ser vistas em distorções parecidas com arcos em algumas partes da imagem. Já que a matéria escura é responsável pela maior parte do aglomerado, cerca de 75%, essa sobreposição em azul revela a localização da matéria escura outrora invisível.

As análises desses dados também permitem que os cientistas observem alguns fenômenos estranhos no Abell 2744, incluindo um pacote de matéria escura sem gás ou galáxias, e uma aglomeração de galáxias sem gás associado. Os astrônomos acreditam que o Abel 2744 se formou do empilhamento simultâneo de no mínimo 4 aglomerados separados.

Crédito:
NASA, ESA, ESO, CXC & D. Coe (STScI)/J. Merten (Heidelberg/Bologna)

Fonte:

[http://www.eso.org/public/brazil/images/eso1120a/]

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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