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Quinteto de Stephan: Uma Colisão de Galáxias em Ação

Essa bela imagem nos dá uma nova visão sobre o Quinteto de Stepahn, um grupo compacto de galáxias descobertos a aproximadamente 130 anos atrás e localizado a aproximadamente 280 milhões de anos-luz de distância da Terra. A cadeia curva de luz azul que desce do centro da imagem mostra os raios-X emitidos e captados pelo Observatório de Raios-X Chandra da NASA. Quatro galáxias que constituem esse conjunto são visíveis na imagem feita nos comprimentos de onda ópticos do espectro (amarelo, vermelho, branco e azul) obtidos pelo Telescópio Canada-France Hawaii. As galáxias identificadas na luz óptica são NGC 7317, NGC 7318a, NGC 7318b e a NGC 7319 bem como uma proeminente galáxia, NGC 7320 que não é membro do grupo. A galáxia NGC 7318b está passando através do núcleo das galáxias a aproximadamente 2 milhões de milhas por hora e acredita-se que ela seja a causadora da cadeia de emissão de raios-X gerando ondas de choque que aquecem o gás.

Aquecimentos adicionais devido a explosões de supernovas e a ventos estelares também provavelmente ocorrem no Quinteto de Stepahn. Um halo maior de emissão de raios-X não mostrado aqui, foi detectado pelo XMM-Newton da ESA poderia ser a evidência do aquecimento de choque ocorrido devido a colisões prévias entre as galáxias do grupo. Alguma parte da emissão de raios-X é provavelmente também causada por sistemas binários contendo massivas estrelas. que estão perdendo material para estrelas de nêutrons ou buracos negros.

O Quinteto de Stephan fornece uma rara oportunidade para se observar um grupo de galáxias em processo de evolução desde um sistema de raios-X apagados dominados por galáxias espirais até sistemas mais desenvolvidos dominados por galáxias elípticas e por brilhantes emissões de raios-X. Com a capacidade de testemunhar o dramático efeito das colisões devido a essa evolução é importante para aumentar o nosso entendimento sobre as origens de halos de raios-X quentes e brilhantes de gás em grupo de galáxias.

O Quinteto de Stephan mostra um sinal adicional das complexas interações do passado, notavelmente as longas caudas visíveis nas imagens ópticas. Essas feições foram provavelmente geradas por uma ou mais passagens da galáxia NGC 7317 pelo grupo.

Fonte:

http://chandra.harvard.edu/photo/2009/stephq/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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