Para produzir um Modelo digital do Terreno usando imagens da LROC NAC você precisa de no mínimo duas imagens da mesma área feitas a partir de diferentes órbitas. As duas imagens oblíquas resultam num efeito de paralaxe, que pode ser medida e então convertida em medidas de elevação. Pronto, com isso se tem um mapa topográfico. Claro que nada é tão fácil assim. Primeiro, um analista tem que calibrar as imagens, selecionar pontos com dados de elevação absoluta a partir de perfis laser gerados pela LOLA, selecionar alguns pontos e fazer o ajuste das imagens de maneira conjunta, e então por meio de um software automatizar o processo, o analista confere o resultado gerado pelo computador e corrige erros que podem ter ocorrido durante o processo de ajuste automático.
Uma variação estatística já prevista no retardo da coleta de dados pela sonda, chamada de Jitter, que nesse caso é causada por minúsculas vibrações da sonda, geram padrões ondulados no resultado final do modelo digital de terreno. Poucas imagens da LROC NAC apresentam essa variação e os esforços atuais dos pesquisadores são em tentar reduzir esse efeito de jitter para poucas imagens que mostram esse efeito.
O produto final, mapas topográficos detalhados, fornecem aos cientistas e engenheiros uma poderosa ferramenta para resolver muitos problemas. Por exemplo, quando se planejar uma futura missão humana na Lua, os mapas topográficos nos dirão onde nós podemos e onde não podemos caminhar, quanta energia será necessária para vencer os obstáculos e o que será possível fazer em cada posição específica. Nos próximos anos a LROC irá coletar centenas de outras imagens que poderão ser usadas para construir um modelo digital de terreno, principalmente dos locais tidos como chaves para a exploração da Lua.
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