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12 de dezembro de 2024

Pequena Galáxia Azul Oferece Pistas Sobre o Big Bang

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Essa galáxia, na verdade, esse amontoado de estrelas, apelidada de O Pequeno Leão, contém, os níveis mais baixos de elementos pesados, já detectados nesse tipo de sistemas de estrelas.

A maior parte das coisas visíveis no universo, como as estrelas, as galáxias, as nuvens de poeira interestelares, estão na forma de hidrogênio e hélio. Os astrônomos usam a palavra metal quando querem falar de todos os elementos, exceto o hidrogênio e o hélio. Os astrônomos na Universidade de Indiana, disseram que encontraram a galáxia mais pobre em metal já descoberta, uma galáxia azul apagada, localizada a somente 30 milhões de anos-luz de distância da Terra e localizada na direção da constelação de Leão Menor. Com os resultados, os astrônomos dizem que essa galáxia poderia fornecer novas pistas e ideias sobre o Big Bang.

Essa galáxia tem o nome oficial de AGC 198691, mas foi apelidada de Leoncino, ou O Pequeno Leão. O astrônomo John Salzer da Universidade de Indiana e co-autor do trabalho, disse que encontrar uma galáxia pobre em metal é muito animador, já que isso poderia contribuir para um teste quantitativo do Big Bang. Existem poucas maneiras de explorar as condições do nascimento do universo, mas as galáxias pobres em metal, estão entre os métodos mais promissores.

Isso acontece, pois, no modelo atualmente aceito do Big Bang, o evento que os astrônomos acreditam tenha criado o universo, é possível fazer uma clara previsão sobre a quantidade de hélio e de hidrogênio gerado no momento do Big Bang. A baixa abundância de metal é essencialmente um sinal que uma atividade estelar muito baixa aconteceu, se comparado com a maior parte das galáxias. Em outras palavras, a galáxia é relativamente original. Assim, a razão de átomos em galáxias pobres em metal fornece um teste direto do atual modelo do Big Bang.

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A constituição elementar das galáxias pobres em metal é bem próxima da constituição do universo no seu início.

Para encontrar essas galáxias pobres em metal, contudo, é preciso olhar para longe de casa. A nossa própria Via Láctea é uma fonte pobre de dados devido ao alto nível de elementos mais pesados, criados com o tempo pelo processamento estelar, onde as estrelas forjam elementos mais pesados por meio da nucleossíntese e então redistribuem esses átomos de volta na galáxia quando elas explodem em supernovas.

A Leoncino, é considerada uma galáxia do universo local, uma região do espaço dentro de um raio de cerca de 1 bilhão de anos-luz da Terra. Estima-se que nessa região próxima do espaço, existam alguns milhões de galáxias, das quais somente uma pequena porção tem sido catalogada.

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Uma galáxia pobre em metal foi reconhecida anteriormente em 2005, contudo a Leoncino tem uma abundância de metais, 29% menor do que essa outra galáxia.

Além dos níveis baixos de elementos pesados, a Leoncino é única em outros aspectos. Ela é considerada uma galáxia anã, com somente 1000 anos-luz de diâmetro e alguns milhões de estrelas. A Via Láctea, só por comparação, contém entre 200 e 400 bilhões de estrelas. A Leoncino é uma galáxia azulada, devido à presença de estrelas quentes recém-formadas, mas é surpreendentemente apagada, com o nível de luminosidade mais baixo já observado para esse tipo de sistema.

Os astrônomos continuarão explorando a Leoncino, galáxias pobres em metal são extremamente raras e quando se acha uma tem que explorar todos os seus aspectos à exaustão.

Fonte:

http://earthsky.org/space/small-blue-galaxy-offers-big-bang-clues

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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