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Os Telescópios de 30 Metros Poderão Fazer Imagens de Exoplanetas? – Space Today TV Ep.1439

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Exoplanetas e imagens diretas, atualmente parecem coisas distantes, parece que essas duas palavras não combinam muito bem.

E por um lado isso é verdade, dos quase 4000 exoplanetas descobertas uma pequena porção, que você conta nos dedos da mão foram descobertos por meio do chamado imageamento direto.

Tudo bem, as técnicas de detecção estão avançadas, mas para que elas façam uma descoberta sem qualquer dúvida é preciso ter junto delas um processamento de dados gigantesco e super sofisticado.

Por isso, nada melhor do que observar diretamente os exoplanetas.

Hoje existem algumas iniciativas para fazer esse tipo de imagem, o SPHERE e o GPI.

Esses dois são equipamentos instalados nos maiores telescópios do mundo e que entrarão logo em operação para detectar diretamente os exoplanetas.

O ponto é que eles estão no limite da tecnologia e no grau de detecção.

Mas o futuro parece promissor.

Daqui a alguns anos, na década de 2020, serão inaugurados os telescópios de próxima geração, o TMT, o GMT, o LSST e o ELT.

Esses telescópios terão seus espelhos multi-segmentados na casa dos 30 metros de diâmetro, alguns um pouco menor e alguns um pouco maior que isso.

A grande questão é, será que essa nova geração de potentes instrumentos será capaz de detectar exoplanetas?

Os astrônomos já sabem o tamanho dos telescópios, conhecem muitos exoplanetas, e sabem basicamente o tipo de instrumento que estará acoplado a eles.

Com essas informações, um grupo de pesquisadores fez um estudo, teórico até o momento, para tentar definir, se a nova geração de telescópios conseguirá fazer imagens dos exoplanetas.

A ideia dos pesquisadores, é que os grandes telescópios em Terra, poderão usar base de dados muito confiáveis, como da TESS e da própria Gaia, e assim serem apontados para determinados exoplanetas tidos como prioritários para serem estudados.

O estudo pode ser resumido nos gráficos que estou mostrando agora para vocês, na parte superior está digamos o caso pessimista, e na parte inferior o caso otimista, para o GMT e para o TMT.

Isso com base nos exoplanetas que já são conhecidos e que foram detectados com medidas indiretas, ou seja, com os novos telescópios será possível termos muito mais imagens de exoplanetas e isso é de suma importância para o estudo desses mundos em outras estrelas.

O trabalho feito pelos pesquisadores é completo, está no artigo na descrição, onde eles listam até mesmo os problemas que deverão ser encontrados e como lidar com eles com determinados instrumentos.

As próximas décadas para quem estuda exoplanetas promete ser muito promissora, além da TESS, daqui a pouco o James Webb é lançado para estudar a atmosfera de exoplanetas, e esses instrumentos em Terra prontos para fazer imagens dos mesmos.

Imagina, a TESS detectando exoplanetas, mandando para os observatórios gigantescos, que fazem as imagens e o James Webb vem caracterizando a atmosfera, será algo sem precedentes na história.

Vamos aguardar!!!

Artigo:

https://arxiv.org/pdf/1808.09632.pdf

#EXOPLANETAS

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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