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Os Lasers da Óptica Adaptativa do VLT Em Ação

As estrelas cintilantes são muito mais desejadas por poetas e românticos do que por astrônomos. Mesmo as condições de observação extraordinárias do céu do Chile, local de acolhimento dos telescópios de vanguarda do ESO, são afetadas pela turbulência atmosférica terrestre, que faz com que as estrelas cintilem, distorcendo a nossa visão do céu noturno.

Estes quatro raios laser foram especialmente concebidos para combater a turbulência. Os intensos raios laranja que dominam esta imagem têm origem na Infraestrutura de 4 Estrelas Guia Laser, um componente de vanguarda da Infraestrutura de Óptica Adaptativa do Very Large Telescope do ESO (VLT). Cada raio é cerca de 4000 vezes mais poderoso que um apontador laser comum e cria uma estrela guia artificial ao excitar átomos de sódio na atmosfera superior da Terra, fazendo com que brilhem.

A criação de estrelas guia artificiais permite aos astrônomos medir e corrigir a distorção atmosférica, ao ajustar e calibrar os seus equipamentos de observação tão precisamente quanto possível para determinada área do céu. Este processo dá ao VLT uma visão extremamente nítida do cosmos, permitindo-lhe capturar as maravilhas do Universo com um detalhe extraordinário.

Esta fotografia foi capturada por um drone que voou sobre o VLT, dirigido pelo Embaixador Fotográfico do ESO, Gerhard Hüdepohl.

Crédito:

ESO/G. Hüdepohl (atacamaphoto.com)

Fonte:

http://www.eso.org/public/brazil/images/potw1820a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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