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Os Braços Espirais das Galáxias E O Tráfego Nas Grandes Cidades

A imagem acima mostra a galáxia espiral barrada conhecida como NGC 3887, que se localiza a aproximadamente 60 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação da Crater. Ela foi descoberta em 1785 pelo astrônomo alemão/britânico William Herschel. A imagem acima foi feita pela Wide Field Camera 3 do Telescópio Espacial Hubble.

A NGC 3887 está orientada com relação a nós aqui na Terra, quase que totalmente de frente, isso permite que possamos ver seus braços espirais e o seu bulbo central em detalhe, isso faz da galáxia um alvo ideal para estudar toda a dinâmica dos braços espirais e das estrelas dentro deles.

A existência de braços espirais nas galáxias, foi, durante muito tempo um problema para os astrônomos. Os braços emanam do núcleo em rotação e depois de um tempo cosmológico curto deveriam desaparecer, pois iriam girar, girar, se tornar cada vez mais apertados até sumir. Foi somente na década de 1960, que os astrônomos encontraram uma solução para explicar o problema dos braços espirais das galáxias. Ao invés de se comportar como uma estrutura rígida, os braços espirais são de fato áreas de maior densidade no disco galáctico, com uma dinâmica bem parecida com a que encontramos no trânsito.

A densidade de carros se movendo através do trânsito aumenta no centro onde eles se movem devagar. Nos braços espirais é a mesma coisa, à medida que o gás e a poeira se movem através de ondas de densidade, eles se tornam mais comprimidos e permanecem, antes de se moverem para fora dos braços novamente.

Crédito:

ESA/Hubble & NASA, P. Erwin et al.

Fonte:

[https://www.spacetelescope.org/images/potw2009a/]

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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