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Os Anéis de Saturno Podem Desaparecer – Space Today TV Ep.1631

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Saturno é talvez o planeta mais bonito e mais conhecido do nosso sistema solar, por conta dos seu sistema de anéis.

Porém, esses anéis estão com os dias contados de acordo com uma recente pesquisa, que usou dados da Cassini, modelos computacionais e dados de telescópios em Terra.

Os anéis de Saturno são formados na sua maior parte por pedaços de gelo de água que vão desde um tamanho microscópico até pedaços com algumas centenas de metros de diâmetro.

As partículas que constituem os anéis estão num equilíbrio entre a gravidade de Saturno que os puxa e a sua velocidade orbital, que os empurra para o espaço.

Como os anéis de Saturno se formaram ainda é um tema de muita pesquisa para todos que estudam o sistema solar.

Saturno pode ter se formado já com os anéis, porém as maiores evidências apontam para uma formação tardia dos anéis, e os anéis se originariam a partir de pequenos satélites que se chocaram nas vizinhanças de Saturno e seus pedaços entraram então nessa zona de equilíbrio formando os anéis.

Um processo que pode ter levado seus 100 milhões de anos.

Se os anéis se formaram eles podem então serem destruídos e desaparecem de Saturno, será?

Naquela coleção de vídeos que fiz sobre os últimos resultados da Cassini antes dela mergulhar em Saturno, no famoso Grand Finale da sua missão, um dos trabalhos que mostrei era sobre a chamada Chuva de Anel.

Ou seja, algo acontece ali em Saturno que as partículas dos anéis saem do estado de equilíbrio e caem como chuva no planeta.

Quem pode governar esse processo é o campo magnético de Saturno que pode arrancar as partículas dos anéis e jogá-las no planeta.

Quando isso acontece, as partículas congeladas vaporizam e a água pode reagir quimicamente com a ionosfera de Saturno.

A Cassini já tinha mostrado isso, na verdade, a sonda Voyager já tinha dado pistas sobre essa chuva de anel.

Agora com dados de telescópios em Terra, os astronomos puderam observar as evidências para a formação de íons resultantes desse processo e que brilham na luz infravermelha.

O Telescópio Keck conseguiu mapear esse brilho infravermelho e em diferentes latitudes.

Em um dos casos o brilho também está relacionado com a presença do satélite Encélado que com seus geiseres de vapor d’água também joga essas partículas em Saturno.

os astrônomos fizeram os cálculos e chegaram às seguintes conclusões.

A quantidade de água drenada dos anéis e que cai em Saturno é o equivalente a uma pisicna olímpica a cada meia hora.

E com isso, em 300 milhões de anos, saturno irá deixar de ter seus belos e formosos anéis.

#Saturno #Cassini #FimDosAneis #ChuvaDeAnel

Fonte:

https://www.nasa.gov/press-release/goddard/2018/ring-rain

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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