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O SOL COMO VOCÊ NUNCA VIU ANTES!!!

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Se você não sabe, estamos vivendo um momento muito especial aqui no nosso canto do universo, o Sistema Solar.

Desde o final de 2021, o Sol entrou no máximo de atividade do seu ciclo de 11 anos, e começou o chamado Ciclo 25.

Até aí, tudo bem, isso acontece a cada 11 anos, mas dessa vez a grande diferença é que temos duas sondas espaciais, a Parker solar Probe e a Solar Orbiter estudando de forma detalhada a nossa estrela.

Isso quer dizer que será a primeira vez em um momento de máxima atividade do Sol que teremos sondas passando perto da nossa estrela.

E uma dessas sondas, a Solar Orbiter já trouxe resultados fascinantes.

No dia 26 de março de 2022, ela passou por um de seus periélios, ou seja, o ponto na sua órbita que passa mais perto do Sol, enfrentou temperaturas de 500 graus Celsius e nos presenteou com uma série de imagens e resultados realmente impressionantes.

A Solar Orbiter possui 10 instrumentos científicos entre câmeras e sensores para estudar o Sol tanto em detalhe como em observações feitas mais distantes e tudo isso é importante para que possamos entender melhor a atividade da nossa estrela e também o chamado clima espacial.

As imagens feitas pela Solar Orbiter nesse periélio são realmente impressionantes, são imagens de alta resolução feitas das camadas inferiores da atmosfera do Sol, a coroa solar, região onde ocorre a maior quantidade de atividade e a região que está intensamente ligada com o chamado clima espacial.

Nesse periélio, uma feição interessante foi observada pelos pesquisadores da Solar Orbiter.

São feições que se estendem por cerca de 25 mil quil6ometros ao longo do Sol e possuem uma infinidade de picos de gás quente e frio por todas as direções.

Devido a essa característica peculiar essas feições foram chamadas de Ouriço Solar, e é uma das tantas feições novas que os pesquisadores irão tentar entender a partir de agora.

O principal objetivo da sonda solar Orbiter é explorar a conexão entre o sol e a heliosfera, para fazer isso é preciso rastrear as partículas que passam pela sonda até a sua origem.

Essa não é uma tarefa fácil de ser feita, mas quando a sonda chega perto do Sol isso é possível de ser executado com maior precisão.

Como eu falei no começo o Sol está iniciando o máximo de sua atividade dentro do ciclo de 11 anos, e isso quer dizer que teremos muitas manchas e explosões solares, uma delas ocorreu no dia 21 de março, dias antes do periélio da solar Orbiter.

A nuvem de partículas pôde ser registrada por todos os instrumentos da sonda, o EPD, dtector de partículas energéticas, o RPW, experimento de ondas de rádio e plasma, o EUI e STIX chegaram a observar o evento no Sol que seria responsável por essa nuvem de partículas.

Agora os pesquisadores terão tempo para analisar tudo isso e ver todas relações possíveis, existe a ideia de que essas partículas possam ter sido aceleradas de forma mais gradativa por um choque na coroa solar, pode ser que existam vários pontos de aceleração, e é isso que a equipe vai trabalhar agora.

O MAG, o magnetômetro da Solar Orbiter não registrou nada, pois as partículas energéticas que chegaram até a sonda não estão mais tão ligadas à CME e isso faz com que o MAG não registre nada.

E para começar a entender o processo de aceleração das partículas do vento solar a Solar Orbiter usou outros dois instrumentos, o SPICE que registra a composição da coroa solar e o PHI que mede o campo magnético do Sol.

O interessante vai ser a equipe combinar todos os dados adquiridos pelos diferentes instrumentos e assim poder contar a história completa da atividade solar, desde a sua origem na superfície do Sol, até a sonda Solar Orbiter.

E é com isso que poderemos fazer algo tão sonhado a anos, prever o chamado clima espacial.

NEsse periélio, a sonda teve um gostinho de como isso será feito.

Em 10 de março de 2022, dias antes do periélio, uma CME explodiu no Sol e veio em direção a Terra.

Mas antes ela passou pela sonda, e aí sim, usando o magnetômetro, MAG, foi possível prever exatamente quando essa CME iria atingir o planeta, e isso funcionou perfeitamente.

Hoje, prever o clima espacial é algo que está se tornando fundamental, pois vivemos numa sociedade totalmente dependente da tecnologia e da comunicação e dependendo da intensidade de uma tempestade solar, isso poderia desligar o sistema de satélites e causar sérios problemas na Terra.

Fonte:

https://www.esa.int/Science_Exploration/Space_Science/Solar_Orbiter/The_Sun_as_you_ve_never_seen_it_before

#SOLARORBITER #SUN #SPACEWEATHER

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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