Os telescópios SPECULOOS (Search for habitable Planets EClipsing ULtra-cOOl Stars) localizados no Observatório do Paranal do ESO no deserto chileno do Atacama são geralmente os que procuram novos mundos, mas esta imagem realmente captura o local de observação como se ele próprio fosse um planeta. Para obter este efeito usou-se uma técnica fotográfica chamada projeção estereográfica, na qual uma imagem esférica — como uma panorâmica de 360º — é projetada num plano.
A missão do SPECULOOS é detectar planetas terrestres na vizinhança solar à medida que passam entre nós e sua pequena e fria estrela-mãe, o que dá origem a uma regular minúscula diminuição do brilho estelar. Os exoplanetas descobertos por esse chamado método de trânsito podem ser estudados com grande detalhe, incluindo a realização de medições precisas da sua massa e raio, e a análise das suas possíveis atmosferas e potencial para sustentar vida.
O sistema SPECULOOS, cujo nome é inspirado nas famosas bolachinhas de Natal tradicionais da Bélgica, Holanda e Alemanha, é composto por quatro telescópios, cada um com um espelho primário de um metro de diâmetro e câmaras que são altamente sensíveis no infravermelho próximo.
Como pano de fundo do “Planeta SPECULOOS”, temos os lasers do Very Large Telescope do ESO sendo usados para criar estrelas artificiais na alta atmosfera, para medir e corrigir a turbulência. Se olharmos com atenção podemos ver uma destas estrelas como um ponto amarelo onde terminam os feixes de laser!
Crédito:
ESO/P. Horálek
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