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O Paraíso das Feições Vulcânicas na Lua


A imagem acima mostra um belo registro do lado distante oeste do Mare Imbrium. Perto do terminador existe uma série de cadeias de mares que são parcialmente côncavas para o Imbrium com outras que se abrem levemente para oeste. Tocando uma cadeia perto da parte superior direita existe uma cavidade sem anel, o que pode ser uma cratera de impacto envolta e parcialmente inundada por lavas de mares ou uma cavidade vulcânica de colapso. Perto do centro da imagem existem duas crateras pós-mar, isso é possível dizer pois sua cadeia ejetada localiza-se na superfície coberta por lava. A nordeste da Delisle existe um conjunto de aberturas da Ranhura Delisle, e partes da Ranhura Diophantus serpenteando entre as duas crateras D. A imagem acima registra de forma espetacular a pequena depressão a norte da Artsimovich, apontando que não é uma cratera de impacto. Outra aparece na parte inferior esquerda da imagem. O mapa branco com números veio de uma compilação anterior dos domos lunares feita por Charlie Kapral. A imagem com Sol baixo não fornece suporte para existência dos domos 478, 479 e 487, mas com base nas linhas transversais do topo vindas do Quick Map da LRO, o 502 é um domo que tem entre 60 e 80 metros de altura. Parabéns aos observadores que usaram telescópios e que notaram isso pela primeira vez. Finalmente existe um tipo a mais de feição vulcânica sutil nessa bela imagem. Atravessando a imagem quase que de sul ao norte, perto da margem direita pode-se ver um dos dois fluxos vulcânicos jovens mais famosos da Lua que cruzou essa parte do Imbrium a aproximadamente 2.5 bilhões de anos atrás.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/April+18%2C+2012


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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