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O Mistério do Nascimento das Estrelas

Começando com uma visão ampla da parte central da nossa Via Láctea vamos nos aproximando da pequena constelação da Corona Australis (a Coroa do Sul), localizada perto da grande constelação de Sagitário e na direção do centro da galáxia. Chegando cada vez mais perto dessa constelação apagada, visível somente em locais bem escuros longe da poluição luminosa, feições interessantes começam a se revelar, incluindo uma espetacular nuvem de poeira com aproximadamente 8 anos-luz de comprimento. O ponto difuso azulado é na verdade uma linda nebulosa de reflexão na região de formação de estrelas localizada ao redor da estrela R Coronae Australis, registrada em grande detalhe pelo Wide Field Imager (WFI) acoplado ao telescópio MPG/ESO de 2.2 metros localizado no Observatório de La Silla no Chile. A imensa nuvem de poeira onde a nebulosa de reflexão está inserida é mostrada aqui em grande detalhe. As cores sutis e a variedade de texturas das nuvens de poeira fazem com que essa imagem lembre uma pintura impressionista. Uma proeminente linha escura cruza a imagem do centro em direção ao canto inferior esquerdo. Aqui a luz visível emitida pelas estrelas que estão se formando dentro da nuvem é completamente absorvida pela poeira. Esses objetos só podem ser detectados por observações realizadas em comprimentos de onda mais longos, e usando uma câmera especial que seja sensível a luz infravermelha. A estrela R Coronae Australis não é visível a olho nu.

Fonte:

http://www.stumbleupon.com/su/2tvQs0/www.dailygalaxy.com/my_weblog/2010/10/a-moment-of-zen-the-mystery-of-star-birth-.html/r:t

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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