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O EXOPLANETA MAIS EXTREMO CONHECIDO PELOS ASTRÔNOMOS | SPACE TODAY TV EP2357
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Até agora, os astrônomos já descobriram mais de 4000 exoplanetas.
No meio desses exoplanetas temos de tudo um pouco, planetas parecidos com a Terra, maiores que a Terra, planetas onde chove diamante, onde neva protetor solar, rochosos, gasosos, ou seja, temos uma vasta coleção de mundos aí pelo universo.
E isso é muito importante, pois nos mostra toda a diversidade desses objetos.
Os astrônomos continuam estudando muitos dos planetas já detectados por diversas missões e projetos.
Uma das grandes missões foi a Kepler, que durante a sua segunda fase detectou um exoplaneta conhecido como K2-141b.
Esse exoplaneta é parecido com a Terra, tem uma superfície rochosa, oceanos e uma atmosfera, e isso o coloca numa lista de exoplanetas a serem investigados de forma detalhada pelo Telescópio Espacial James Webb.
Ele tem cerca de 5 vezes mais massa que a Terra, é classificado como uma super-Terra, e está localizado a aproximadamente 200 anos-luz de distância da Terra.
Mas as semelhanças com a Terra param por aí, pois esse exoplaneta na verdade é um mundo extremo, o exoplaneta mais extremo já descoberto.
Os astrônomos estudaram o exoplaneta com modelos computacionais com o objetivo de fazer previsões do comportamento meteorológico nesse planeta e descobriram algo impressionante.
A primeira coisa que eles descobriram é que cerca de 2 terços do K2-141b, ficam eternamente voltados para a sua estrela, isso faz com que a noite eterna em 1 terço do planeta atinja temperaturas na casa dos -200 graus Celsius.
Enquanto que o lado iluminado chega a temperaturas de 3000 graus Celsius.
Essa temperatura é tão intensa, que a rocha no planeta, não só derrete como também vaporiza, criando uma atmosfera de rocha vaporizada em algumas áreas do planeta.
Isso cria uma verdadeira chuva de rochas vaporizadas no planeta, e isso cria um ciclo, como temos aqui na Terra, o ciclo de água, lá temos um ciclo de rochas.
No K2-141b, a rocha é vaporizada no lado diurno do exoplaneta, então é carregada por ventos supersônicos, que varrem o planeta, devido à diferença de temperatura, chegando no lado noturno, a rocha vaporizada precipita, como uma chuva, caindo no oceano de lava, as correntes levam isso para o lado diurno, onde o ciclo começa novamente.
O ciclo no K2-141b não é tão estável como aqui na Terra, esse fluxo é lento o que faz com que a composição mineral mude, a todo momento, mudando também a superfície e atmosfera do exoplaneta.
Todo o planeta rochoso passou por essa fase em algum momento da sua vida incluindo a Terra, então esse exoplaneta pode dar uma pista do que aconteceu com o nosso planeta no início da sua vida.
Esse estudo é interessante, pois pode preparar o caminho para as observações que serão feitas com o James Webb no futuro próximo, como ele é um telescópio e infravermelho ele poderá observar bem essas diferenças e ver se realmente a atmosfera funciona como o previsto.
Estudar planetas extremos como o K2-141b é de suma importância para entendermos mais e melhor sobre a grande diversidade planetária do universo e também entender melhor sobre a evolução planetária.
Fontes:
https://www.mcgill.ca/newsroom/channels/news/supersonic-winds-rocky-rains-forecasted-lava-planet-325719
https://arxiv.org/pdf/2010.14101.pdf
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