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O ECO DE LUZ DE UM BURACO NEGRO | SPACE TODAY TV EP.1690

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Buracos negros de massa estelar, podem ser até mais estranhos que os grandes buracos negros supermassivos.

Se você não sabe, um buraco negro de massa estelar pode ocorrer em um sistema binário, onde ele suga gás de sua estrela companheira e forma ao seu redor um disco de acreção.

Forças gravitacionais e magnéticas aquecem o disco a milhões de graus, fazendo com que ele fique quente o suficiente para produzir raios-X nas partes mais internas do disco, perto do buraco negro.

Quando acontecem instabilidades no disco, ocorre uma verdadeira avalanche de matéria na direção do buraco negro e isso é visto como explosões. o que causa essas instabilidades ainda não é entendido direito.

Acima do disco está o que chamamos de coroa, uma região formada por partículas subatômicas que brilham intensamente em raios-X de alta energia. como essa coroa se forma também é um mistério.

para tentar entender o que acontece nessa região do buraco negro, os astrônomos usam uma técnica chamada de reverbveração de raios-X que usa reflexões que os raios-X sofrem durante a sua jornada até nós, essas reverberações funcionam como um eco de luz, e essas diferenças entre os raios-x que viajam diretamente até nós e os ecos podem dar informações cruciais sobre o disco de acreção e a coroa de um buraco negro.

Para mapear esse eco de luz os astrônomos usaram um instrumento instalado na ISS, chamado de NICER que serve para estudar objetos compactos como estrelas de nêutrons e buracos negros.

Os astrônomos usaram o NICER para estudar um buraco negro de massa estelar, com aproximadamente 10 vezes a massa do Sol, chamado de J1820 e viram coisas interessantes.

Basicamente, eles observaram uma diminuição de tempo entre a flare inicial de raios-X que chega até nós e aquela que refletida, indicando que os raios-X viajaram distâncias cada vez menores antes de ser refletido.

MApeando essa diferença de tempo é que os astrônomos irão entender a estrutura do disco e da coroa que cerca o buraco negro.

E essa foi a primeira vez que eles puderam observar esse tipo de delay num momento de explosão do buraco negro, ou seja, quando ele recebia aquela avalanche de matéria.

Isso faz com que os pesquisadores possam entender melhor como um buraco negro é constituído e podem usar esse buraco negro como um análogo para estudar os buracos negros supermassivos.

Aos poucos nós vamos desvendando os mistérios dos objetos mais exóticos do universo.

#BuracoNegro

fonte:

https://www.nasa.gov/feature/goddard/2019/nasa-s-nicer-mission-maps-light-echoes-of-new-black-hole

https://www.nature.com/articles/s41586-018-0803-x.pdf

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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